Tribuna Ribeirão
Economia

Conta de luz – Energia segue com bandeira vermelha

A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anun­ciou que as contas de luz vão continuar com a bandeira ver­melha em seu segundo nível no mês de outubro. Com a fatura da energia no nível dois, no mês que vem, a tarifa continua com adicional de R$ 5 a cada 100 qui­lowatts-hora (kWh) consumi­dos. Será o quinto mês seguido em que a bandeira vermelha em seu segundo nível vigora.

De janeiro a abril, vigorou a bandeira verde, que não tem custo adicional. Em maio, foi adotada a bandeira amarela, que adicionava R$ 1 a cada 100 kWh consumi­dos. De acordo com a Aneel, a manutenção da bandeira verme­lha nível 2 se deve às condições hidrológicas desfavoráveis e à re­dução no nível de armazenamen­to dos principais reservatórios das hidrelétricas do País.

Escala
O sistema de bandeiras tarifá­rias leva em consideração o nível dos reservatórios das hidrelétricas e o preço da energia no mercado à vista. Na bandeira verde, não há cobrança de taxa extra. Na bandei­ra amarela, a taxa extra é de R$ 1 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. No primeiro nível da bandeira vermelha, o adicio­nal é de R$ 3 a cada 100 kWh. E no segundo nível da bandeira vermelha, a cobrança é de R$ 5 a cada 100 kWh.

O sistema indica o custo da energia gerada para possibilitar o uso consciente de energia. Antes das bandeiras, o custo da energia era repassado às tarifas no reajuste anual de cada empresa, e tinha a incidência da taxa básica de juros. A Aneel deve anunciar a bandeira tarifária que vai vigorar em no­vembro no dia 26 de outubro.

As bandeiras são acionadas em período de escassez de chuvas, quando há redução no nível dos reservatórios nacionais. Nesses períodos há o acionamento de usinas térmicas, cujo custo de pro­dução é mais alto. Com variação entre verde, amarela e vermelha (em dois patamares), o sistema gera custos adicionais à conta de luz que vão de R$ 1 a R$ 5.

No começo de setembro, o diretor geral do Operador Na­cional do Sistema (ONS), Luiz Eduardo Barata, disse que até o final do ano a bandeira verme­lha nível 2 do setor elétrico con­tinuará acionada, mesmo com o início do período chuvoso em novembro, porque seria temerá­rio desligar termelétricas em um momento de escassez hídrica.

“Até porque para as distribui­doras também seria temerário, por conta dos custos com os com­bustíveis”, destacou o executivo sobre a cobrança adicional nas contas de luz. Já o diretor-geral da Aneel, André Pepitone, descartou a possibilidade de revisão no va­lor das bandeiras tarifárias.

Os ribeirão-pretanos já pa­gam mais caro pela energia desde o início de abril, quando a Aneel fez um reajuste médio de 16,90% nas tarifas da CPFL Paulista, que atende 4,4 milhões de unidades consumidoras em 234 cidades do Estado de São Paulo – 290 mil so­mente em Ribeirão Preto.

Para consumidores conecta­dos em alta tensão (indústrias), o aumento foi de 11,11%, e para a baixa tensão, a elevação ficou em 20,17% – os imóveis residenciais entram nesta faixa e, segundo a reguladora, o aumento para este grupo foi de 19,84%.

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