Ribeirão Preto será responsável por aproximadamente 0,58% dos gastos dos brasileiros em 2019, segundo a pesquisa IPC Maps, da IPC Marketing Editora, divulgada nesta segunda-feira, 27 de maio. O potencial de consumo da cidade até 31 de dezembro é de R$ 27,12 bilhões, enquanto o nacional deve chegar a R$ 4,7 trilhões. Os ribeirão-pretanos vão gastar 28,5% a mais do que no ano passado, quando a estimativa indicava R$ 21,10 bilhões (ou 0,47% de participação), acréscimo de R$ 6,02 bilhões – em 2017 a previsão era de R$ 22,88 bilhões.
O consumo per capita municipal para 2019 é estimado em R$ 39.047,76 (acima da média nacional, de aproximadamente R$ 22.380,95, cerca de R$ 3,25 mil por mês) – são cerca de 694.534 habitantes, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 31 de agosto. No ano passado, a média por morador de Ribeirão Preto era de per capita de R$ 30.932,05 – alta de 26,2% e aporte de R$ 8.115,71.
Ribeirão Preto também ganhou posições no ranking: é a 16ª do país e a quarta do estado com maior potencial de consumo de gastos. No ano passado, era a 21ª do Brasil e a sexta de São Paulo – em 2017 era a 15ª entre os 5.570 municípios brasileiros e a quarta estadual. Em 2016, ocupava a 20ª colocação no nacional e a sexta no paulista.
No Estado de São Paulo, Ribeirão Preto está atrás da capital (primeira nos dois rankings, com potencial estimado em R$ 361 bilhões), Campinas (12ª e segunda, respectivamente, com R$ 34,26 bilhões) e Guarulhos (14ª e terceira, com R$ 32,09 bilhões) – afora a capital, as outras duas perderam posições no ranking nacional. Outra três cidades da macrorregião aparecem entre as 30 primeiras do ranking estadual.
Franca está em 68º lugar no nacional e em 21º no estadual, com potencial de R$ 9,44 bilhões. São Carlos ocupa a 73ª posição no país e a 22ª no estado, com R$ 8,93 bilhões, e Araraquara está no 93º posto do Brasil e em 28º entre os municípios paulistas, com R$ 7,34 bilhões. No final da lista das 645 cidades do estado aparecem Cássia dos Coqueiros, em no 4.849º lugar do ranking nacional e em 611º no estadual, com consumo estimado em R$ 60 milhões. Logo atrás está Santa Cruz da Esperança, em 4.865º no país e em 612º no estado, com previsão de R$ 59 milhões.
Em 2019, o consumo das famílias brasileiras continuará não só em crescimento, como também deverá impulsionar o Produto Interno Bruto (PIB) do País. Na contramão das últimas expectativas, a economia tem potencial para movimentar cerca de R$ 4,7 trilhões, sendo responsável por 64,8% da somatória de bens e serviços deste ano.
A previsão, baseada no índice de inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidr Amplo (IPCA), indexador oficial calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IPCA), de 3,89%, é do estudo IPC Maps 2019, especializado no cálculo de índices de potencial de consumo nacional.
Ainda segundo o levantamento, as capitais perderão espaço no consumo (de 29,6% em 2018 para 28,9% este ano) e, em contrapartida, o interior dos estados voltará a dar sinais de recuperação, elevando de 54% para 54,4% a movimentação de recursos neste ano.
Com mais de 210 milhões de habitantes, o Brasil concentra 84,8% dos seus cidadãos (178,1 milhões) na área urbana, que respondem pelo consumo per capita de R$ 24.420,15. Enquanto isso, os gastos dos 31,9 milhões de cidadãos rurais correspondem a R$ 10.498,72 por habitante.
Faixas etárias
A exemplo dos últimos anos, a população segue envelhecendo. Em 2019, mais de 29 milhões de brasileiros terão 60 anos ou mais, sendo a maioria formada por mulheres. Na faixa etária economicamente ativa, de 18 a 59 anos, esse número é de 127,2 milhões, ou 60,5% do total dos habitantes. Representando a minoria, os jovens e adolescentes, entre 10 e 17 anos, somam 24,4 milhões, sendo superados pelas crianças de até 9 anos, que já representam 29,4 milhões.
Outros dados sobre o consumo em 2019
Base consumidora – Embora com presença reduzida em quantidade de domicílios, a classe B continua puxando o cenário de consumo: representa 20,97% dos domicílios e encabeça o ranking com 38,41% (cerca de R$ 1,67 trilhão) dos recursos que serão gastos pelos brasileiros em 2019. Cada vez mais próxima, a classe C aparece com 37,5% (cerca de R$ 1,63 trilhão) dos desembolsos, representando 48,08% das residências.
No topo da pirâmide, a classe alta (A), com 2,45% dos domicílios, aumenta seus gastos para 13,68% (R$ 595,2 bilhões) neste ano, ante 13,4% em 2018; bem como a classe D/E que, de 9,6% sobe para 10,41% (R$ 452,9 bilhões) neste ano, representando 28,5% dos domicílios. Na área rural, essa movimentação terá uma evolução significativa: de R$ 304,8 bilhões em 2018, passará a R$ 335,9 bilhões em 2019.
Cenário regional – A participação regional sofreu pequenos ajustes, mantendo as mesmas posições do ano anterior. A liderança do consumo permanece com o Sudeste, com 48,89%, seguido pelo Nordeste, com 18,82%. A região Sul, que em 2018 tinha aumentado sua fatia para 18,07%, volta a cair para 17,82%, assim como o Centro-Oeste, que de 8,51% retrai para 8,21%. O reflexo na região Norte, por sua vez, é de 6,25%, contra 5,89% de participação em 2018.
Mercados potenciais – O desempenho dos 50 maiores municípios brasileiros, embora continue em ligeira queda, equivale a 39,43%, ou R$ 1,848 trilhão de tudo o que é consumido no território nacional. No ranking dos municípios, os maiores mercados permanecem sendo, em ordem decrescente, São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, que subiu uma posição e ultrapassou Brasília, seguidos por Salvador, Curitiba, Fortaleza, Porto Alegre e Manaus, que recuperou o 9º lugar, derrubando Goiânia para o 10º.
Perfil empresarial – A pesquisa IPC Maps constata o incremento de 12,9% no patamar empresarial, com a presença de 23.470.289 estabelecimentos instalados no País. Deste montante, quase metade (49,2%) corresponde ao setor de Serviços. Na sequência, aparecem atividades relacionadas aos segmentos de Comércio, com 31,9% (7.496.727), Indústrias, 16,1% (3.772.271) e, finalmente, Agribusiness, com 2,8% (657.547).
A geografia da economia – A Região Sudeste concentra a maior parte das empresas, cerca de 50,86%, equivalendo a 11.936.813 unidades. O destaque vai para a Região Sul, que ao abrigar 17,82% (4.181.780), ganhou uma leve vantagem sobre o Nordeste com seus 17,8% (4.176.555) dos estabelecimentos. Já as regiões Centro-Oeste e Norte detêm, respectivamente, 8,41% (1.974.372) e 5,12% (1.200.769) das organizações.
Hábitos de consumo – Além de traçar um comparativo por classes sociais, o estudo também revela onde os consumidores gastam sua renda. Nesse quesito, o cenário continua praticamente igual ao do ano passado, com os seguintes itens básicos no topo da lista: manutenção do lar (incluindo aluguéis, impostos, luz, água e gás, 26,8%; alimentação (no domicílio e fora, 17,3%; transportes e veículo próprio, 7,4%; medicamentos e saúde, 6%; vestuário e calçados, 4,8%; materiais de construção, 4,3%; recreação, cultura e viagens, 3,2%; eletrodomésticos e equipamentos, 2,4%; educação e higiene pessoal, 2,2% cada; móveis e artigos do lar, 1,9%; bebidas, 1,3%; artigos de limpeza, 0,7%; e fumo, 0,6%.