Ribeirão Preto será responsável por aproximadamente 0,50% dos gastos dos brasileiros neste ano, segundo a pesquisa IPC Maps 2021, da IPC Marketing Editora, divulgada nesta segunda-feira, 21 de junho. O potencial de consumo da cidade até 31 de dezembro é de R$ 25,75 bilhões, enquanto o nacional deve chegar a R$ 5,1 trilhões.
Os ribeirão-pretanos vão gastar 17,2% a mais do que no ano passado, quando o consumo foi prejudicado por causa da pandemia do novo coronavírus. Em 2020, a expectativa era para um desembolso de R$ 21,98 bilhões – participação de 0,49% no total do país, estimado em R$ 4,4 trilhões. O acréscimo em 2021 pode chegar a aproximadamente R$ 3,77 bilhões.
No ano passado, a queda chegou a 19% na comparação com 2019, quando a expectativa de consumo em Ribeirão Preto era de R$ 27,12 bilhões – participação de 0,58% no total do país, estimado em R$ 4,7 trilhões à época. Neste ano, Ribeirão Preto detém o 17º maior potencial de consumo do país e o quarto do Estado de São Paulo.
Os principais mercados permanecem sendo, em ordem decrescente, São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). Em quinto lugar aparece Salvador (BA), deixando Curitiba (PR) logo atrás. Na sequência, vem Fortaleza (CE), Porto Alegre (RS) e Goiânia (GO) em nono, ultrapassando Manaus (AM), que cai para a 10ª posição.
Da mesma forma, cidades metropolitanas ou interioranas como Campinas (11º), Guarulhos (13º), Ribeirão Preto (17º), São Bernardo do Campo (18º) e São José dos Campos (20º), no Estado paulista; São Gonçalo (15º) e Duque de Caxias (27º), no Rio de Janeiro; bem como as capitais Belém (14º), Campo Grande (16º) e São Luís (19º) também se sobressaem nessa seleção.
O desempenho dos 50 maiores municípios brasileiros equivale a R$ 2,011 trilhão, ou 39,6% de tudo o que é consumido no território nacional. Segundo Marcos Pazzini, sócio da IPC Marketing Editora e responsável pela pesquisa, o crescimento esperado para este ano é satisfatório, já que as perdas registradas em 2020, em função do isolamento social imposto pela pandemia, vão demorar para ser esquecidas. “Aos poucos, os brasileiros tentam voltar à rotina normal, e é isso que estimulará o consumo em 2021”, aposta.
Em 2019, os ribeirão-pretanos gastaram 28,5% a mais do que em 2018, quando a estimativa indicava R$ 21,10 bilhões, ou 0,47% de participação, acréscimo de R$ 6,02 bilhões – em 2017 a previsão era de R$ 22,88 bilhões. Consequentemente, a projeção para o consumo per capita também é menor.
O consumo per capita para 2020 em Ribeirão Preto na área urbana é estimado em R$ 35.792,79. São R$ 4.539,82 a mais que os R$ 31.252,97 de 2020, alta de 14,5%. Na zona rural a estimativa é de R$ 18.633,21. Segundo dados da Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), são 718.538 habitantes na área urbana e 1.703 na rural.
Ainda de acordo com o IPC Maps, Ribeirãpo Preto tem 114.623 empresas ativas. O setor com maior potencial de consumo é de outras despesas, no valor estimado de R$ 4,56 bilhões, seguido por habitação (R$ 7,17 bilhões), veículo próprio (R$ 2,89 bilhões) e alimentação em domicílio (R$ 2,14 bilhões).
Os setores com menor potencial são os de jóias, bijuterias e armarinhos (R$ 34,6 milhões), fumo (R$ 133,4 milhões) e artigos de limpeza (R$ 134,1 milhões). A classe B vai consumir cerca de R$ 12,22 bilhões, seguida pela classe C (R$ 8,75 bilhões), classe A (R$ 3,48 bilhões) e classes D/E (R$ 1,24 bilhão), sendo R$ 25,71 bilhões na área urbana e mais R$ 31,73 milhões na rural, totalizando aproximadamente R$ 25,75 bilhões.