Comprar produtos durante a Black Friday é uma intenção de 87% dos consumidores brasileiros em 2017, de acordo com levantamento do Ibope Inteligência em conjunto com o Google. A intenção de compra é menor que no ano passado, quando 89% dos respondentes diziam pretender comprar algo na data. O gasto médio no evento é estimado em R$ 1.071, valor 2% inferior ao R$ 1.095 do ano passado.
Eletrônicos e eletrodomésticos ainda lideram o ranking dos produtos preferidos: 65% das pessoas pretendem comprar algum tipo de produto dessas categorias na próxima edição da Black Friday, que acontece no dia 24 de novembro. Roupas e calçados aparecem em segundo lugar, mencionados por 47% dos entrevistados. Na categoria de eletrônicos, os celulares seguem sendo os mais cobiçados.
Aparecem nas intenções de 37% dos consumidores, patamar próximo dos 38% do ano passado. Cresceu, no entanto, a intenção de compra de televisores. Segundo produto de maior intenção de compra na categoria de eletrônicos, as TVs de tela fina eram desejadas por 22% das pessoas no ano passado e hoje aparecem entre os interesses de 25% dos consumidores. O estudo identificou ainda que a intenção dos consumidores é comprar online e também em lojas físicas. O comércio eletrônico é o destino de compra para 92% dos consultados, mas muitos deles também devem ir a lojas físicas. A intenção de comprar fora do mundo virtual é de 34%.
FecomércioSP – A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) elaborou um informativo com dicas para orientar os empresários sobre os cuidados que devem ser observados durante a Black Friday. O objetivo, além da orientação sobre os principais problemas apontados pelos consumidores, está relacionado às boas práticas comerciais que devem sempre ser observadas no tocante aos direitos do consumidor.
De acordo com o Código de Defesa do Consumidor (CDC), a oferta de produtos e serviços deve ser realizada de forma adequada, clara e precisa. Para atender às orientações do CDC, é necessário evitar algumas ações, como descontos enganosos envolvendo o preço ou o frete; aumento dos preços na véspera para, então, conceder descontos, oferecendo o valor real do produto; e divergência e mudança de valores na hora de finalizar uma compra online ou cancelar pedidos sem justificativa.
Segundo a FecomercioSP, os varejistas online, deverão observar o cumprimento das condições da oferta, com a entrega dos produtos e serviços contratados, observados prazos, quantidade, qualidade e se estão adequados, nos termos do disposto no decreto nº 7.962, de 2013, que dispõe sobre três aspectos: direito à informação, garantia de atendimento facilitado ao consumidor e respeito ao direito de arrependimento. Já no comércio físico, a Entidade reforça que os empresários devem se atentar à Lei n.º 10.962, de 2004 e também no Decreto n.º 5.903, de 2006, que dispõe sobre as regras de oferta e formas de afixação de preços de produtos e serviços para o consumidor.
É importante que o varejista, ao divulgar seu site, não anuncie produtos que não estejam em estoque e que permita também pagamento via boleto ou débito em conta e investir para que a página não fique congestionada ou fora do ar. Além disso, quando apresentar um produto, o preço deve ser claro e de fácil visualização, ou seja, as condições de venda devem ser visíveis logo no início da compra e informar valor do frete, forma de pagamento e prazo de entrega.
Expectativas – De acordo com a Ebit, as vendas online da Black Friday neste ano deverão atingir R$ 2,185 bilhões, alta de 15% na comparação com 2016. Já com relação ao número de pedidos, a estimativa é que suba 7,7%, passando de 2,92 milhões para 3,1 milhões. O tíquete médio (faturamento por pedido) deverá ser de R$ 695, alta de 6,4%.
Segundo a pesquisa, 81% dos entrevistados pretendem consumir durante a Black Friday. Os dados apontam que 41% dos consumidores pretendem aproveitar a data para adiantar as compras de Natal, mas não necessariamente para comprar presentes. Apenas 18% pretendem comprar para presentear, enquanto 59% compram itens para uso próprio.