Tribuna Ribeirão
Política

CONSTRUTORA VAI RECORRER CONTRA RESCISÃO UNILATERAL

Wagner Bonini, diretor da Prime Infraestrutura, construto­ra vencedora da licitação para a duplicação da Avenida Antonia Mugnatto Marincek, a popular ”Estrada das Palmeiras”, no Com­plexo Ribeirão Verde, na zona leste, executada com recursos do Programa de Aceleração do Crescimento II – PAC da Mobili­dade Urbana e cujo contrato foi unilateralmente rescindido pela Prefeitura de Ribeirão Preto na última quinta-feira, 5 de outubro, disse nesta sexta-feira (6) que vai apresentar defesa dentro do prazo de cinco dias e que não desistirá da obra e pode até recorrer à Justiça.

Bonini insiste que a obra, ao contrário do que diz a Prefeitu­ra, não está parada. Segundo ele, nas últimas semanas a empresa esteve providenciando as autori­zações legais para poder continuar tocando a duplicação. ”A Prefeitura anunciou que a Prime estava libe­rada para estender o canteiro de obras aos terrenos privados que foram desapropriados, mas não explicou que antes tenho de obter autorização da Secretaria Munici­pal do Meio Ambiente para a ex­tração de árvores”, explica.

O executivo também criticou Alessandro Maraca (PMDB), que presidiu uma Comissão Especial de Estudos (CEE) e comanda uma Co­missão Parlamentar de Inquérito (CPI) dedicadas à polêmica obra. Ao encerrar a CEE, há dois meses, o pe­emeedebista divulgou relatório final em que recomendava à Prefeitura a imediata rescisão do contrato.

Bonini reclama por ”nunca ter sido ouvido pela CEE”. Ele garan­te ter entrado em contato com a Câmara em três oportunidades se oferecendo para depor, mas nunca teria sido chamado. ”Como pode ser séria uma CEE que não ouve o depoimento de ninguém da Pri­me?”, pergunta. Questionado ainda nesta sexta-feira sobre a reclama­ção do executivo, o vereador afir­mou que Wagner Bonini mente.
”O que ele diz é mentira. O se­nhor Wagner Bonini foi ouvido pe­rante a CEE que presidi às 14h30 do dia 21 de fevereiro, na Sala das Comissões da Câmara. Temos inú­meras fotos do depoimento dele perante a comissão, depoimento esse que foi gravado e está dis­ponível no Youtube”, informa Ma­raca – o link é www.youtube.com/watch?v=AiF7RTFzLgk&t=9s.

Além de rescindir unilateral­mente o contrato, a Prefeitura decidiu multar a Prime em 10% do valor do contrato e declarar a ido­neidade da empresa, que pode fi­car impedida de participar de licita­ções com a administração pública pelo prazo de dois anos. Antes de abrir um novo processo licitatório, o governo pretende contatar as duas outras empresas que parti­ciparam do certame para saber se elas têm interesse em finalizar a obra pelo valor remanescente do contrato original.

O Tribuna apurou que a Prefei­tura de Ribeirão Preto tem pouca esperança de que as construtoras demonstrem interesse, já que as propostas de ambas eram qua­se R$ 10 milhões superiores à da Prime, que venceu o certame. Com a rescisão do contrato, caso as de­mais licitantes não tenham inte­resse em assumir a obra, a Secre­taria Municipal da Administração terá de lançar um novo processo licitatório, primeiro para contratar a empresa que fará o novo projeto executivo, e depois para escolher a nova construtora responsável pela obra. E o prazo de conclusão, que era junho de 2018, deve se esten­der para 2019 ou mesmo 2020.

A rescisão unilateral anuncia­da nesta quinta-feira é o desfecho amargo para uma obra aguardada com anseio pelos cerca de 80 mil moradores do chamado Comple­xo Ribeirão Verde – a ”Estrada das Palmeiras” é a única via de acesso aos bairros da zona leste da cida­de. Pelo cronograma original, de 24 meses, a obra de duplicação deve­ria ser entregue em 18 de junho de 2018. A duplicação da Avenida Antonia Mugnatto Marincek es­tava sendo feita entre a Rodovia Anhanguera e a Rua José Malva­so, no Jardim Antônio Palocci. Até agora, as obras foram realizadas em um trecho de cerca de um quilômetro até o balão da Igreja de Santa Rita de Cássia das Pal­meiras. No total, menos de 10% do cronograma foi executado.

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