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Consórcio assume o aeroporto de RP

FOTO: GOVERNO DE SÃO PAULO

A assinatura do contrato que vai sacramentar a con­cessão do Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes está mar­cada para este sábado, 5 de fevereiro, em Ribeirão Preto. Em janeiro, o prefeito Duarte Nogueira (PSDB) havia anun­ciado que a solenidade seria no dia 7, mas foi antecipada para hoje. Será no saguão do aeró­dromo, a partir das 10h30.

O governador de São Pau­lo, João Doria (PSDB), confir­mou participação no evento. O vice Rodrigo Garcia (PSDB) tem outros compromissos na região, no mesmo horário, em Viradouro e Monte Azul Paulista. Os tucanos são, res­pectivamente, candidatos à Presidência da República e ao governo do Estado.

O prefeito presidente do consórcio Voa-SP, Marcel Moure, vai participar do even­to de hoje. O grupo conces­sionário, formado pelas em­presas Voa NW e Voa SE, vai administrar o Leite Lopes pe­los próximos 30 anos. O con­trato tem caráter de concor­rência internacional e prazo de operação de 30 anos.

Prevê modelo de remune­ração tarifária e não tarifária, por meio da exploração de receitas acessórias, como alu­guéis de hangares ou ativida­des comerciais no terminal, restaurantes e estacionamento. Ou pela realização de inves­timentos para exploração de imobiliária, com grande po­tencial para o desenvolvimen­to de novas atividades e negó­cios em torno dos aeroportos.

O grupo é formado pe­las empresas Terracom Con­cessões e Participações Ltda, Nova Ubatuba Empreendi­mentos e Participações Ltda, MPE Engenharia e Serviços S/A e Estrutural Concessões de Rodovias Ltda. O consór­cio vai pagar R$ 14.737.486,00 para assumir a gestão do Lei­te Lopes e de outros dez ae­roportos administrados pelo Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp) – autarquia vinculada à Secreta­ria de Logística e Transportes.

O leilão do Aeroporto Leite Lopes foi realizado em 15 de ju­lho do ano passado, na sede da B3, na Bolsa de Valores do Brasil, em São Paulo. O aeroporto local é classificado pela Agência Na­cional de Aviação Civil (Anac), como sendo da categoria 4C. Este tipo de aeroporto permite a operação de aeronaves dos modelos Airbus A320, A321 e Boeing 737-800, que são os mais utilizados em voos den­tro da América do Sul.

As obras no Leite Lopes contemplarão a ampliação do terminal de passageiros, que passará de 500 passageiros por hora durante o horário de pico para 785. O projeto prevê ainda a expansão em dois mil metros quadrados da área útil. A ampliação permitirá movi­mentar mais de dois milhões de usuários ao ano.

Cerca de R$ 37,7 milhões serão investidos nos primei­ros quatro anos de concessão, segundo a Agência de Trans­portes do Estado de São Pau­lo (Artesp). Para o primeiro ano, as principais interven­ções previstas estão concen­tradas em melhorias nas pistas de pouso e decolagem dos ae­roportos, especialmente para recapeamento, iluminação e repintura, assegurando pa­drões de segurança aos usu­ários dos aeroportos.

Estes serviços envolvem a pista principal, área de taxia­mento e pátio, adequação de segurança, Papi (sistema de aproximação visual) e sinaliza­ções horizontais e verticais. O Leite Lopes é um dos 22 aero­portos regionais que eram ad­ministrados pelo Daesp.

O leilão dos aeródromos foi dividido em dois blocos – Noroeste e Sudeste. Ribei­rão Preto estava no Grupo Sudeste, composto por mais dez unidades. A concessão do Aeroporto Leite Lopes deverá resultar em investimento total de R$ 130.282.812,00.

O edital para concessão dos onze aeroportos do Gru­po Sudeste prevê um total de R$ 266.579.190,00. Ou seja, 48,9% dos recursos serão apli­cados no de Ribeirão Preto. O terminal de passageiros, por exemplo, deverá receber em um prazo de 20 anos um total de R$ 88.130.434,00. O investi­mento foi dividido em biênios.

Outros setores do Leite Lopes também receberão in­vestimentos. Entre as obras previstas estão o recapeamen­to, iluminação e repintura da pista de pouso, no valor de R$ 20.276,645,00, estacionamento de veículos (R$ 8.810.986,00) e medidas contra o ruído aero­náutico (R$ 3.217.625,00).

A concessão do Leite Lo­pes não irá promover apenas o desenvolvimento da aviação na cidade, mas ser uma opção para atrair investimentos no turismo de lazer e de negó­cios, prestação de serviços, hotelaria, entre outras opções que irão gerar mais receitas para Ribeirão Preto. A previ­são é de mais de R$ 447 mi­lhões em investimento por parte da iniciativa privada somando os 22 aeródromos.

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