Tribuna Ribeirão
Esportes

Conselho do BFC discute transformação da BFSA em SAF

ALFREDO RISK/JORNAL TRIBUNA

O negócio formatado en­tre Botafogo Futebol Clube e o empresário Adalberto Baptista para a criação da Botafogo S/A ganhou um novo capítulo nesta semana. O Conselho Deliberati­vo do BFC convocou uma reu­nião extraordinária para tratar de uma possível transformação do negócio em SAF (Sociedade Anônima do Futebol).

De acordo com membros ligados ao conselho, o ex-pre­sidente do Botafogo, Osvaldo Festucci, assinou papéis que autorizaram a passagem de S/A para SAF já na reta final de seu mandato, o que, de acordo com o estatuto do clube, é proibido.

O encontro de conselheiros está marcado para o dia 21 de março, às 19h, na sala do Con­selho Deliberativo, que fica lo­calizada no Estádio Santa Cruz.

Ao Tribuna Ribeirão, Festucci limitou-se a dizer que vai falar sobre o assunto somente perante ao conselho.

“Este é um assunto que vou discutir somente no conselho. Assumo todas as minhas res­ponsabilidades como gestor, mas tenho plena certeza que nada muda na vida do BFC, que era muito difícil e conti­nua do mesmo jeito”, disse.

Já os membros do Conselho Deliberativo, através de Daniel Pitta Marques, disseram que es­tão analisando os documentos para levar o assunto à discussão na reunião do dia 21.

S/A x SAF
Em linhas gerais, ambos os modelos de negócio são bem parecidos, mas possuem algumas diferenças impor­tantes. A principal delas é no que diz respeito à tributação.

A SAF tem uma tributação mais vantajosa que os outros tipos de regime, como a so­ciedade limitada ou anônima, por exemplo. Além disso, um outro benefício que podemos citar com a conversão em SAF é a centralização das dívidas cíveis e trabalhistas, configu­rando-se em uma alternativa viável para associações, sem fins lucrativos, que estavam em estado de insolvência.

Existe também a questão em relação à porcentagem a que um investidor pode ter de ações. No modelo ante­rior ao que o Botafogo estava integrado, o Pantera deveria ser sempre majoritário, com Adalberto Baptista, através da Trexx Holding, podendo ter no máximo 49% do negócio.

No modelo de SAF esses números podem ser diferentes, com um sozinho tendo a possi­bilidade de controlar até 90% da empresa. Entretanto, os termos e cláusulas do contrato entre Bo­tafogo Futebol Clube e Trexx são mantidos em sigilo e esses pon­tos não são claros neste caso.

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