Tribuna Ribeirão
Política

Conselho de Ética inocenta Simões

ALFREDO RISK/ARQUIVO

O Conselho de Ética da Câmara de Vereadores consi­derou improcedente a repre­sentação impetrada por uma servidora municipal que pedia a cassação do mandato de Ro­drigo Simões (PDT). A decisão foi tomada na quarta-feira, 4 de dezembro, em reunião do colegiado, após análise do pa­recer emitido pelo relator An­dré Trindade (DEM). A mu­lher acusa o parlamentar de abuso de autoridade e calúnia.

Simões foi reeleito em 2016 com 3.189 votos e presidiu a Casa de Leis em 2017. Segun­do o pedido da funcionária, o pedetista teria afirmado, por meio do aplicativo de mensa­gens WhatsApp, que ela não cumpria a carga horária de tra­balho total na Unidade Básica de Saúde onde estava lotada, a UBS de Bonfim Paulista. Atu­almente a servidora trabalha do no Núcleo de Gestão Assis­têncial (NGA), o popular “Pos­to da Rua Minas”, nos Campos Elíseos, na Zona Norte.

No parecer, o relator ar­gumenta que, na tribuna da Câmara, Rodrigo Simões não citou o nome de nenhuma ser­vidora e que também não uti­lizou palavras e termos chulos ou desrespeitosos. Diz ainda que como parlamentar ele não extrapolou a competência que o cargo de vereador lhe garante por lei. No pedido de cassação, a mulher afirma ainda que foi transferida da unidade onde prestava serviços por conta de pressão política. “Ressalto que, hoje, estou em tratamento mé­dico, psicológico e psiquiátrico pela grave depressão a qual me encontro, devido a toda a pressão sofrida durante este processo nefasto, que afetou de sobremaneira minha vida pes­soal, profissional, assim como a de minha família”.

Ela pediu a cassação por “ato improbo e quebra de decoro par­lamentar, ao fazer ilações e afir­mações caluniosas, pela prática de difamação, injúria e ameaça, pelo manifesto abuso de poder e pela má fé, pela exposição de uma servidora honrada e que jamais lesionou o serviço pú­blico, que tem reconhecimento público e que possui excelente avaliação e conduta, dignas da qualidade dos servidores pú­blicos”, finaliza o texto.

Na época, o vereador Ro­drigo Simões informou ao Tri­buna que “não conhece a ser­vidora e que única informação que tem é que ela não cumpria a carga horária”. Diz também que o marido da servidora é pré-candidato a vereador e está querendo “15 minutos de fama”. O Conselho de Ética é presidido por Maurício Vila Abranches (PTB) e tem como integrantes Fabiano Guima­rães (DEM), Nelson Stefanelli, o “Nelson das Placas” (PDT), André Trindade (DEM), Wal­dyr Villela (PSD) e o próprio Rodrigo Simões (PDT), que não participou deste caso por questões óbvias.

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