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Conselho de Ética abre processos contra sete deputados federais

MARCOS OLIVEIRA-AGÊNCIA SENADO

O Conselho de Ética da Câ­mara dos Deputados instau­rou, nesta semana, processos para apurar as condutas de sete deputados denunciados ao ór­gão. Dos denunciados, 3 são do PL, 2 do PSOL, 1 do PT e 1 do Republicanos. Terão a con­duta analisada os parlamenta­res Abilio Brunini (PL-MT), Ricardo Salles (PL-SP), Sâmia Bomfim (PSOL-SP), Lucia­no Zucco (Republicanos-RS), Dionilso Marcon (PT-RS), Glauber Braga (PSOL-RJ) e André Fernandes (PL-CE).

Após a abertura dos pro­cessos, o presidente do Con­selho, deputado Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA), sor­teia uma lista com três nomes de possíveis relatores para cada um dos casos. São excluídos do sorteio os deputados do mes­mo estado do representado, do mesmo partido ou bloco parlamentar e da mesma agre­miação autora da representa­ção. Este trâmite será feito na próxima reunião do Conselho, ainda sem data marcada.

O relator de cada caso, terá dez dias úteis para elaborar o parecer preliminar em que deverá recomendar o arquiva­mento ou o prosseguimento da investigação. Se decidir pela continuidade do processo, o deputado notificado apresen­tará sua defesa e será feita co­leta de provas.

Na sequência, o relator ela­borará um novo parecer, em que poderá pedir a absolvição ou a punição do deputado, que pode ir da censura até a perda do mandato parlamentar. Após a conclusão do processo, em caso de punição, o deputado ainda poderá recorrer da deci­são à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara.

Se o Conselho de Ética deci­dir pela suspensão ou cassação do mandato de um parlamen­tar, o processo segue para o plenário da Câmara, que dará a decisão final. O prazo máximo de tramitação dos processos no Conselho é de 90 dias.

Os denunciados
Abilio Brunini
O deputado bolsonarista é acusado por suposta fala transfóbica. A representação foi apresentada pelo PSOL que argumenta que Brunini quebrou o decoro parlamen­tar ao fazer uma declaração dirigida à deputada trans Erika Hilton (PSOL-SP). A ofensa teria acontecido durante a sessão da Comis­são Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Atos Golpistas, em 11 de julho.

Ricardo Salles
A denúncia foi apresentada pelo PSOL, que acusa o par­lamentar de praticar supostos ataques contra a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP). O partido cita como exem­plo uma postagem feita por Salles em uma rede social, na qual publicou um “emoji” de um hambúrguer, e que a publicação seria direcionada a Sâmia.

Sâmia Bomfim
O PL acusa a deputada de ter atacado a dignidade do depu­tado General Girão (PL-RN). A ofensa teria acontecido na sessão de 12 de julho, da CPI do Movimento dos Sem Terra (MST). Segundo o partido, Sâmia teria dito que Girão é “bandido”, “terrorista”, “fas­cista” e “golpista”.

Luciano Zucco
O processo foi apresentado pelo PSOL, que acusa o pre­sidente da CPI do MST de ter cometido violência política de gênero contra Sâmia Bomfim nas sessões da Comissão. O partido afirmou também que por reiteradas vezes, Zucco buscou “silenciar” a depu­tada.

Dionilso Marcon
A representação foi apre­sentada pelo PL, que acusa o deputado de ter atacado a honra do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), durante reunião da Comissão de Trabalho da Câmara do dia 19 de abril. Na ocasião, Eduardo Bolsonaro disse que a esquerda não o enganava. Ele citou o episódio da facada contra o pai dele, o ex-pre­sidente Jair Bolsonaro, na campanha de 2018.
O microfone da comissão oficial não transmite a fala, mas Eduardo disse que o deputado Marcon alegou que a facada foi “fake”. Eduardo, então se levantou e se dirigiu para onde estava o deputado petista. Os dois foram man­tidos separados por colegas. Em seguida, Marcon teria dito que Eduardo era “desequili­brado” e “um perigo”.

Glauber Braga
De autoria do PL, a repre­sentação contra Glauber Braga é relacionada a uma discussão com o deputado Eduardo Bolsonaro, durante uma reunião da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, em 31 de maio. Segundo o partido, à ocasião, Braga fez uma referência ao caso das joias recebidas pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. O PL afirma que na discussão, Glauber Braga teria dito: “Você já devolveu todos os colares?”

André Fernandes
A representação foi apresen­tada pelo PT, que acusa o deputado de ter quebrado o decoro parlamentar por “falas de teor discriminatório” con­tra as deputadas Gleisi Hof­fmann (PT-PR) e Jack Rocha (PT-ES), durante a votação da reforma tributária.

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