Tribuna Ribeirão
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Conppac rebate críticas da Acirp

JF PIMENTA/ARQUIVO

O presidente do Conselho de Preservação do Patrimô­nio Cultural (Conppac), o arquiteto Claudio Henrique Bauso, afirmou ao Tribuna Ribeirão que a Associação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto está mal in­formada. Na quinta-feira, 31 de março, a Acirp entregou dossiê ao promotor Wander­ley Trindade, de Habitação e Urbanismo, com dados sobre o tombamento no município.

Realizado pelo corpo téc­nico da Acirp, o estudo indica aumento de 550% na quanti­dade de imóveis tombados ou em processo de tombamento no último triênio em compa­ração à média dos 37 anos an­teriores. O relatório analisou todos os 244 patrimônios imó­veis tombados em Ribeirão Preto que constam em uma planilha enviada pelo Conp­pac. Destes, 34% se localizam no quadrilátero central.

Deste total, 36% estão em condições consideradas ruins ou regulares. De 51 imóveis tombados na região que cons­tam na relação do Conppac, 33 pertencem à iniciativa priva­da e 18 são bens públicos. Em toda a cidade, apenas 20% dos 244 patrimônios têm seu tom­bamento definitivo, o restante segue com seus processos ain­da em andamento, de acordo com a Acirp.

O relatório também desta­ca “a falta de transparência nos processos e critérios”, aos quais a sociedade civil não teria tido acesso. O objetivo da entidade é que a população possa ter acesso aos processos de imó­veis já tombados ou em anda­mento para conhecer as justifi­cativas usadas nos pedidos, os laudos técnicos e os critérios das tomadas de decisão.

Segundo Claudio Bauso, todos os processos de tomba­mento seguem a lei, são públi­cos e estão disponíveis no portal da prefeitura de Ribeirão Preto. Afirma também que a Acirp nunca procurou o Conppac para se informar sobre o assunto. Diz que se assim fizesse, o processo seria bem simples. Todo cida­dão pode pedir vistas aos rela­tórios, e tem cinco dias de pra­zo para analisá-los. Pode ainda pedir cópia de tudo.

“O que a Acirp nunca fez”, garante Claudio Bauso. Ape­sar das críticas, o presidente do Conppac afirma que não quer iniciar uma “briga” com a Acirp, mas sim se colocar à disposição para esclarecer como funciona o processo de tom­bamento. Ele argumenta que essas medidas são a garantia da preservação da história da cidade e que não impedem o desenvolvimento econômico.

“Não é aceitável que um ór­gão público não tenha transpa­rência. A sociedade precisa ter acesso às motivações e ao an­damento dos processos”, disse o presidente da Acirp, Dorival Balbino, no encontro com o representante do Ministério Público de São Paulo (MPSP).

O presidente da Acirp cita como exemplo a morosidade e falta de esclarecimento sobre o restauro do casarão Camilo de Mattos e o tombamento de edifícios que abrigam agências bancárias no entorno da praça XV de Novembro, como a sede do Itaú Unibanco.

“Sem falar no distrito de Bonfim Paulista, onde há 63 patrimônios tombados, o que impacta diretamente todo o entorno dos prédios”, reforça o presidente da Acirp. “Este le­vantamento vai facilitar muito minha atuação”, diz o promo­tor Wanderely Trindade.

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