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Política

Conppac elege novo presidente

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O Conselho de Preserva­ção do Patrimônio Cultural de Ribeirão Preto (Conppac) tem novo presidente. O ad­vogado Lucas Gabriel Perei­ra foi eleito na segunda-feira, 11 de abril. Ele concorreu ao cargo com a arquiteta Mirela Idino Elias.

Advogado e especialista em Direito Municipal, Pereira foi presidente da Comissão dos Direitos das Pessoas com De­ficiência da Ordem dos Advo­gados de Ribeirão Preto (OAB). Seu vice será José Venâncio de Souza Junior. O novo presiden­te comandará o Conppac por dois anos – 2022 e 2023.

Terá como primeira missão resolver o impasse com a Asso­ciação Comercial e Industrial de Ribeirão Preto (Acirp), que questiona os tombamentos fei­tos na cidade. Em 31 de março, a entidade entregou dossiê ao promotor Wanderley Trinda­de, de Habitação e Urbanismo, com dados sobre o tombamen­to no município.

Realizado pelo corpo técni­co da associação, o estudo indi­ca aumento de 550% na quan­tidade de imóveis tombados ou em processo de tombamento no último triênio em compara­ção à média dos 37 anos ante­riores. O relatório analisou to­dos os 244 patrimônios imóveis tombados em Ribeirão Preto que constam em uma planilha enviada pelo Conppac.

Destes, 34% se localizam no quadrilátero central. Deste total, 36% estão em condições consideradas ruins ou regula­res. De 51 imóveis tombados na região que constam na relação do Conppac, 33 pertencem à iniciativa privada e 18 são bens públicos. Em toda a cidade, apenas 20% dos 244 patrimô­nios têm seu tombamento de­finitivo, o restante segue com seus processos ainda em anda­mento, de acordo com a Acirp.

O relatório também desta­ca “a falta de transparência nos processos e critérios”, aos quais a sociedade civil não teria tido acesso. O objetivo da entidade é que a população possa ter aces­so aos processos de imóveis já tombados ou em andamento para conhecer as justificativas usadas nos pedidos, os laudos técnicos e os critérios das to­madas de decisão.

Segundo o ex-presidente do Conppac, o arquiteto Claudio Henrique Bauso, a Acirp está mal informada. Diz que todos os processos de tombamento se­guem a lei, são públicos e estão disponíveis no portal da prefei­tura de Ribeirão Preto. Afirma também que a associação nun­ca procurou o conselho para se informar sobre o assunto.

Diz que se assim fizesse, o processo seria bem simples. Todo cidadão pode pedir vistas aos relatórios, e têm cinco dias de prazo para analisá-los. Pode ainda pedir cópia de tudo. “O que a Acirp nunca fez”, garante Claudio Bauso.

A asssociação cita como exemplo a morosidade e fal­ta de esclarecimento sobre o restauro do casarão Camilo de Mattos e o tombamento de edifícios que abrigam agên­cias bancárias no entorno da praça XV de Novembro, como a sede do Itaú Unibanco.

“Sem falar no distrito de Bonfim Paulista, onde há 63 patrimônios tombados, o que impacta diretamente todo o entorno dos prédios”, reforça o presidente da Acirp, Dorival Balbino. “Este levantamento vai facilitar muito minha atu­ação”, diz o promotor Wande­rely Trindade.

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