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Conflito se espalha e causa mais 13 mortes

IBRAHEEM ABU MUSTAFA/REUTERS

Israel assolou Gaza com fogo de artilharia e ataques aéreos nesta sexta-feira, 14 de maio, visando túneis de militantes pa­lestinos para tentar deter os ata­ques de foguete persistentes con­tra cidades israelenses. Em uma ofensiva de 40 minutos antes do amanhecer, ao menos 13 pales­tinos foram mortos, incluindo uma mãe e seus três filhos, cujos corpos foram recuperados dos escombros de sua casa, disseram autoridades de saúde de Gaza.

A operação israelense incluiu 160 aeronaves, além de tanques e fogo de artilharia, fora da Ci­dade de Gaza, disse o coronel Jo­nathan Conricus, porta-voz dos militares de Israel. As levas de foguetes palestinos contra o sul de Israel vieram na sequência no quinto dia dos combates mais intensos entre Israel e militantes de Gaza desde 2014.

Mais tarde, uma autoridade militar israelense disse que mais de dois mil foguetes foram dis­parados de Gaza a Israel desde o início do conflito e que seu país destruiu vários quilômetros de túneis usados pelos militantes. Pelo menos 126 pessoas foram mortas em Gaza desde segunda­-feira (10), incluindo 31 crian­ças e 20 mulheres, e 950 ficaram feridas, disseram autoridades médicas palestinas.

Entre os oito mortos em Is­rael estão um soldado que pa­trulhava a fronteira de Gaza e seis civis israelenses, incluindo duas crianças, segundo autori­dades israelenses. O Egito lide­ra os esforços internacionais para obter um cessar-fogo e impedir que o conflito se dis­semine. Fontes de segurança disseram que nenhum dos la­dos parece receptivo até agora, mas uma autoridade palestina disse que as negociações se in­tensificaram nesta sexta-feira.

O secretário-geral da Or­ganização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, ape­lou por um cessar-fogo imedia­to. “Os combates têm o poten­cial de desencadear uma crise humanitária e de segurança irre­freável e fomentar ainda mais o extremismo…”, disse o porta-voz da ONU, Stéphane Dujarric.

O presidente francês, Emmanuel Macron, também pediu a volta da paz durante uma conversa telefônica com o primeiro-ministro israelen­se, Benjamin Netanyahu. O Hamas, grupo islâmico que comanda Gaza, disparou os ataques de foguete na segunda­-feira para retaliar choques da polícia israelense com palestinos perto da mesquita de Al-Aqsa, o terceiro local mais sagrado do islã, em Jerusalém Oriental.

Desde então, os episódios de violência se espalharam em cidades onde judeus e a minoria árabe de Israel convivem lado a lado. Também houve confrontos entre manifestantes palestinos e forças de segurança israelenses na Cisjordânia ocupada, onde autoridades de saúde disseram que onze palestinos foram mor­tos nesta sexta-feira.

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