Que vice tenho eu?
Conversa no principal café de Ribeirão Preto dia desses, num sábado de manhã. Apenas Palocci, com Joaquim Resende e Gasparini, com o advogado Paulo Pastori governaram, digamos, no ‘mar da tranquilidade’ com seus vices…
O assunto surgiu depois que o vice de Duarte Nogueira divulgou seu descontentamento com a não nomeação de sua esposa como presidente do Fundo Social de Solidariedade de Ribeirão. Mas as farpas e as discrepâncias divulgadas pelas redes sociais são ‘café pequeno’ do que Ribeirão Preto já viu no seu passado.
Lembram os ‘historiadores das esquinas’ que Nogueira pai, quando governava, lá pelos idos dos anos 70, viajou certa feita para o exterior. Seu vice, Newton Mendes Garcia, simplesmente exonerou todos os servidores comissionados… Materiais de escritório de uso pessoal teriam sido lançados pelas janelas do Palácio Rio Branco, embora muitos tenham certeza de que isso é lenda… Mas é certo que quando Nogueira voltou, teve que recontratar a todos.
O prefeito João Gilberto Sampaio não conheceu um único lugar diferente do que Ribeirão durante os seis anos em que ficou à frente do Governo. Grudou-se em sua cadeira porque, dizem, morria de medo do vice, o – na época – irrequieto Antonio Calixto, assumir um único dia o comando da cidade. Calixto hoje já é falecido. Gasparini, com Faustino Jarruche, viveu a mesma reclusão.
Dentre os demais, Maggioni contou para a imprensa (para esse Tribuna, inclusive), que Palocci tinha deixado dívidas… Foi relegado à indiferença do mestre e tutor para o resto dos seus quase dois anos de mandato. Por último, Marinho Sampaio que, quando percebeu o verdadeiro espírito (não o das Leis), mas o do interesse, do Governo Dárcy correu para a imprensa (nesse Tribuna de novo) e disse que não compactuava com mais nada da Administração. Forçou, inclusive, sua própria aposentadoria (era funcionário de carreira da Saúde) e passou meses de ‘retiro’ em Bonfim Paulista…
Coisas da história de Ribeirão. Se nem tudo é verdade, culpa de quem fala, não de quem a escreve…