O Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat) – órgão vinculado à Secretaria de Estado da Cultura –aprovou, em reunião realizada na manhã desta segunda-feira, 4 de dezembro, as alterações sugeridas pela prefeitura de Ribeirão Preto nas duas estações de embarque e desembarque da rua Américo Brasiliense e na da rua Visconde de Inhaúma, no entorno da Praça das Bandeiras, na região central da cidade.
Construídas pelo Consórcio PróUrbano no ano passado, as estações não foram inauguradas por causa de divergências entre o projeto que havia sido aprovado pelo Condephaat e as obras realizadas. As alterações autorizadas pelo órgão estadual vão ampliar a altura das plataformas, que passará de 3,90 metros para 4,40 metros, além da troca dos vidros fumê dos fundos das plataformas por translúcidos, colocados em zigue-zague, como prevê o projeto original.
A lâmina de cobertura teve sua colocação com caimento invertido para que a água da chuva escoe pela praça. Neste caso foi autorizada a manutenção da forma como está. Também será mantida a viga metálica de travamento à meia altura (não existente no projeto) em todo perímetro da edificação. A trava serve para dar mais segurança à edificação, ao evitar que possa ocorrer qualquer acidente em caso de ventos fortes.
“Com a aprovação das modificações, vamos imediatamente notificar o Consórcio PróUrbano para que faça as adequações necessárias e as estações possam ser utilizadas o mais rápido possível pela população”, afirma o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB), declaração feita logo após tomar conhecimento da aprovação dos itens defendidos pela prefeitura no Condephaat.
O prefeito também determinou que as medidas sejam adotadas o mais rápido possível.
“Vamos resolver esse problema rapidamente, porque de há muito as estações estão prontas e sem possibilidade de utilização”, diz. O Consórcio PróUrbano confirmou, por meio de nota, que bancará as alterações: “O Consórcio PróUrbano, pensando unicamente nos seus clientes, assumirá por mera liberalidade as alterações necessárias para resolver a questão. Lembrando que as estações foram construídas de acordo com orientações e determinações da administração municipal que, inclusive, aceitou as obras”.
Uma falha na execução das obras da Estação Catedral deixou as três plataformas com a cobertura entre 15 e 60 centímetros mais baixas do que o previsto no projeto. De acordo com o Consórcio PróUrbano, responsável pela obra, já foram gastos R$ 3,48 milhões na estação. As alterações foram feitas a pedido do governo Dárcy Vera (PSDB) e, segundo o grupo concessionário, custaram mais do que o previsto.
Mesmo assim, o consórcio se comprometeu a investir mais R$ 400 mil para que as plataformas possam ser utilizadas, o que deve ocorrer entre cinco e seis meses, em meados de 2018. Além do problema da altura da cobertura, em comparação com a proposta original, as plataformas não contam com paredes laterais envidraçadas e com as catracas de acesso aos ônibus.
Para viabilizar o aumento na altura das estações será necessária a remoção de sete árvores que estão com seus troncos dentro das edificações. A retirada já está autorizada pela Secretaria Municipal do Meio Ambiente, mediante o plantio de 350 espécimes nas praças da Catedral, das Bandeiras, Carlos Gomes e outros locais públicos. “Não haverá qualquer prejuízo ambiental e garantiremos a segurança das pessoas que vão utilizar os locais”, comenta o prefeito.