Diego Moura Capistrano, de 34 anos, – condenado a 123 anos de prisão pelo envolvimento no assalto à Prosegur, em Ribeirão Preto, em 2016 – foi preso pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), na última sexta-feira (20), em Minas Gerais.
A informação foi confirmada pela Polícia Civil de Ribeirão Preto. Diego, que estava foragido, foi detido na BR-381, em Igarapé, com cerca de R$ 14 mil, dois celulares, munições e um fuzil.
Na ocasião, o condenado trafegava em alta velocidade pela via e teria tentado fugir durante a abordagem da PRF.
Mega-assalto
Na madrugada de 5 de julho de 2016, uma quadrilha explodiu o prédio da Prosegur, em Ribeirão Preto, e fugiu com R$ 51,2 milhões. Na ocasião, duas pessoas morreram, um policial militar e um morador de rua.
Naquela madrugada, durante uma hora, disparos de fuzis e metralhadoras foram ouvidos em vários bairros da cidade, além de três explosões. Em fuga pela Rodovia Anhanguera (SP-330), os assaltantes atiraram em dois policiais militares rodoviários que faziam patrulhamento próximo ao quilômetro 321.
Um deles, o soldado Tarcísio Gomes, foi atingido na cabeça e chegou a ser socorrido, mas morreu na Unidade de Emergência do Hospital das Clínicas (HC-UE).
O morador de rua Ubiratan Soares Berto, de 38 anos, foi a segunda vítima do grande assalto. Natural de Pernambuco, ele estava embaixo de um dos carros incendiados pelo grupo. Ele foi levado para o Hospital das Clínicas com 60% do corpo queimado, mas não resistiu.
A Prosegur construiu uma nova sede no Parque Lagoinha, na Zona Leste. O prédio tem muros de dez metros de altura. O dinheiro recuperado foi restituído à Prosegur. Veículos utilizados no assalto, que foram abandonados em cidades da região de Ribeirão Preto, e que eram frutos de roubo ou estavam em nomes de laranjas, também foram devolvidos aos proprietários.