A ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, anunciou nesta sexta-feira, 16 de junho, a realização de concursos públicos neste ano para preencher 4.436 vagas em 20 órgãos de 14 ministérios. O impacto orçamentário anualizado é de R$ 735 milhões. “Esse impacto deve ser sentido a partir do próximo ano, já que os concursos devem ser realizados apenas no fim de 2023”, afirma.
Entre os critérios para a escolha dos órgãos contemplados está o tempo sem concursos, o número de vagas já em aberto, a expectativa por novas aposentadorias nos próximos anos e a perda em relação à força de trabalho máxima que já houve naquela estrutura. A pasta também avaliou se os órgãos ganharam novas atribuições nos últimos anos e se há grande impacto de preenchimento de vagas no atendimento ao público.
“Existia uma lista de concursos aprovada pelo governo anterior, mas entendemos que deveríamos fazer uma revisão de áreas prioritárias. Queríamos ter feito esse anúncio ainda em abril, nos 100 dias de governo, mas ainda não havia um consenso sobre todas as vagas”, explica Dweck, que precisou se ausentar da coletiva para atender a uma ligação do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
O presidente Lula ligou para a ministra para cobrar contratações para as áreas social e ambiental do governo. Esther Dweck explicou que já há concursos em aberto para a área ambiental, mas prometeu anunciar certames também para a área social já na próxima semana. “O presidente Lula me perguntou: por quê você não deixou para anunciar tudo junto? Acho que ele está preocupado com cobranças dessas áreas. Mas vamos trabalhar para anunciar na semana que vem”, garante a ministra.
Divisão das vagas
Das 4.436 vagas anunciadas nesta sexta-feira, são 440 em carreiras no Ministério da Agricultura, 30 para o Ministério de Minas e Energia, 50 (e outras 50 no cadastro reserva) para o Itamaraty, 220 para o Ministério da Educação, 220 para o Ministério da Saúde e 300 para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
A lista inclui ainda 80 vagas para o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), 742 para o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), 50 para o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), 50 para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), 50 para o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e 100 para o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE).
Também há 160 vagas para o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), 120 para o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (Inpi), 100 para o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro), 100 para o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), 24 para a Agência Nacional de Mineração (ANM) e 50 para Centro Gestor e Operacional do Sistema de Proteção da Amazônia (Censipam).
Haverá concursos para a contratação também de 300 analistas de infraestrutura, 300 analistas de tecnologia da informação e 900 auditores fiscais do trabalho. Segundo a ministra, todos os concursos respeitarão as leis de cotas que já existem. Além das áreas sociais, ela confirmou que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) também deve ser contemplado nas próximas liberações de concursos.
“A Receita Federal tem um pleito que pode ser atendido no próximo ano. O Banco Central também está em análise. Foram pedidas 70 mil vagas no ano que vem e não vamos conseguir atender a todos os órgãos”, completa a ministra da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos.