Como acontece em todo ano, muitos consumidores brasileiros devem deixar as compras natalinas para a última hora. Através de uma pesquisa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) em todo o país, estima-se que 11,5 milhões de pessoas irão comprar os presentes às vésperas do Natal, o que corresponde a 9% de consumidores que têm a intenção de presentear alguém neste fim de ano.
Nesta sexta-feira, 23 de dezembro, mesmo com chuva, as lojas da região central de Ribeirão Preto ficaram lotadas e o movimento foi intenso no calçadão. A procura por presentes também foi grande nos principais corredores comerciais dos bairros – na avenida da Saudade (Campos Elíseos) e na Dom Pedro I (Ipiranga), por exemplo.
O comércio ficou aberto até as 22 horas ontem – nos shopping centers da cidade o atendimento terminou às 23 horas. Neste sábado (23), também vai até as dez da noite. Na véspera de Natal, dia 24 (domingo), vão abrir das nove às 18 horas. Na segunda-feira (25), principal data do calendário cristão, o comércio estará fechado.
A pesquisa da SPC e da CNDL mostra que a maioria (41%) tinha a intenção de comprar os presentes na primeira quinzena de dezembro e 24% durante novembro. Já entre os que vão comprar na semana que antecede o Natal, a principal justificativa para 52% é que preferem esse período para ver se conseguem alguma promoção boa e, dessa forma, conseguir economizar. Já 15% afirmam que só recebem o pagamento perto do Natal e 10% devido à falta de tempo.
Outra pesquisa diz que o brasileiro deverá ser mais generoso e presenteará um número maior de pessoas neste ano. O estudo anual de Natal e ano-novo da Kantar TNS indica que o volume total de presentes passará de nove para onze e o tíquete médio, de R$ 1.215 em 2016 para R$ 1.275 em 2017. Além disso, 57% dos entrevistados pensam em presentear com roupas ou sapatos, 45% com brinquedos e 36% com perfumes.
Chocolates, cosméticos, acessórios e livros também foram selecionados. Produtos tecnológicos não são tão procurados. Dentre os consultados, 74% afirmam que utilizam páginas de internet das marcas para pesquisar sobre os presentes que vão dar enquanto 42% pesquisam em redes sociais e 33% em anúncios na loja. Os meios digitais continuam importantes como meio de informação para escolher um presente, as marcas têm que aproveitar esta oportunidade.
As mães seguem sendo as mais presenteadas (64%), seguidas de outros membros da família (54%) e companheiros (53%). Neste ano, o dinheiro (42%) é a forma de pagamento preferida para comprar os presentes no Natal. Os meios eletrônicos vêm logo depois, com 39% preferindo o cartão de crédito e apenas 18% cartão de débito.
As lojas de departamentos são as preferidas como local para fazer compras para 74% dos entrevistados. Em seguida, com 49%, aparece a internet/online e lojas especializadas, com 43%. Um destaque do estudo é o crescimento das compras via celular, que vêm aumentando desde 2015. O número dobrou de 2016 para 2017 (8% para 16%), principalmente pela praticidade e aumento dos aplicativos de vendas online.
As vendas nas lojas ribeirão-pretanas devem aumentar de 6% a 7% em relação a 2016 – dezembro do ano passado fechou em alta de 0,23%, na comparação com 2015. A expectativa é do Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto e Região (Sincovarp), que está otimista em 2017. O valor do tíquete médio dos presentes deve variar entre R$ 50 e R$ 150. Os dados têm por base pesquisa da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado de São Paulo (FCDLESP).