O projeto piloto de compostagem do Bosque e Zoológico Municipal Doutor Fábio de Sá Barreto, criado em 2017, vem ganhando corpo e estrutura. O local já ocupa área de aproximadamente 100 metros quadrados no interior do parque e recebe cerca de 1,5 mil quilos de resíduos verdes produzidos no próprio bosque.
São restos de podas, folhas, galhos e capim, além de esterco e sobras de alimentação vegetal dos animais herbívoros, que antes tinham como destino o lixo e agora se transformam em adubo para utilização no plantio de novas mudas, dentro e fora do zoo.
De acordo com a Divisão de Áreas Verdes, da Secretaria Municipal do Meio Ambiente, responsável pela implantação do projeto, estima-se que a área de compostagem possa gerar entre 200 e 300 quilos de compostos orgânicos para plantios.
“O material que antes era retirado e tinha como destino o lixo, gerando grande volume de resíduos e custos para a prefeitura, agora é aproveitado para uso na arborização urbana, contribuindo com a sustentabilidade local”, afirma Fernando Cicarelli, da Divisão de Áreas Verdes.
O projeto piloto de compostagem é uma das propostas sugeridas pelo Programa Município Verde Azul para a prática da sustentabilidade, como forma de reaproveitamento e contribuição ambiental. Profissionais e empresas ligadas à área que queiram colaborar tecnicamente com esta implantação podem entrar em contato com a Secretaria do Meio Ambiente para informações. O telefone para contato é (16) 3603-9138.
Verde Azul – Ribeirão Preto despencou 36 posições no Ranking Ambiental do Programa Município Verde Azul (PMVA) da Secretaria de Estado do meio Ambiente (SMA) do ano passado, em relação a 2016, caindo do 43º para o 79º lugar. Foram classificados 48 municípios que conseguiram atingir nota superior a 80 pontos. A colocação é resultado da avaliação técnica das informações fornecidas pelas prefeituras, com critérios pré-estabelecidos de medição da eficácia das ações executadas.
Ribeirão Preto atingiu 69.42 pontos em 2017, contra 85,49 do ano anterior. As cidades mais bem colocadas têm prioridade na aprovação de projetos ambientais e, consequentemente, na liberação de recursos por parte do Estado. Foi o terceiro pior resultado do município nos últimos sete levantamentos – atrás de 2013 (pontuação de 74.65 e 81º lugar) e 2011 (81.90 pontos e a 122ª posição.
As ações propostas pelo programa compõem as dez diretivas norteadoras da agenda ambiental local, abrangendo os seguintes temas estratégicos: esgoto tratado, resíduos sólidos, biodiversidade, arborização urbana, educação ambiental, cidade sustentável, gestão das águas, qualidade do ar, estrutura ambiental e conselho ambiental.
Em 2017, Ribeirão Preto obteve nota 6.02 em esgoto tratado, 7.82 em resíduos sólidos, 7.50 em biodiversidade, 6.66 em arborização urbana, 8.00 em educação ambiental, 7.25 em cidade sustentável, 6.76 em gestão das águas, 8.46 em qualidade do ar, 10.00 em estrutura ambiental e 6.45 em conselho ambiental. O quadro da SMA também cita 4.83 em uso do solo e 7.67 em estrutura e educação ambiental.
O primeiro Ranking Ambiental do PMVA foi anunciado em 2008, com a certificação de 44 municípios, o último foi em 2016 e certificou 78 municípios. Neste ano, os dez municípios mais bem classificados são Novo Horizonte (97.45 pontos, tricampeão), Fernandópolis (96.22), Pederneiras (94.61), Botucatu (93.67), Campinas (93.49), Santa Adélia (92.05), Salto (91.01), Itu (90.35), Itanhaém (90.25) e Bertioga (90.08). Na região de Ribeirão Preto, o destaque é Sertãozinho, em 16º, com 87.39 pontos.