Passada a euforia das festas do final de ano, é a hora de colocar na ponta do lápis todas as dívidas que devem ser acertadas nas próximas semanas. Esses primeiros meses são os mais temidos pelas pessoas, pois chegam em casa uma infinidade de boletos. IPTU, IPVA, matrícula e material escolar, são apenas alguns gastos que surgem agora e que podem acabar pesando (e muito) no bolso do brasileiro. Sem contar as despesas com as festas do Natal e virada do ano, cartão de crédito e até mesmo outras dívidas atrasadas já estabelecidas.
Segundo a Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e o SPC Brasil, no final do ano passado foi registrada, pela primeira vez nos últimos dois anos, uma redução na inadimplência entre os brasileiros, o que é um bom sinal da retomada da nossa economia. Porém, para manter esse ritmo, é essencial aderir algumas práticas que podem ajudar no controle e na organização das despesas, deixando sua vida financeira mais tranquila.
O primeiro passo é colocar no papel todas as contas a serem pagas. Criar uma planilha de gastos pode ser uma saída para enxergar melhor e ter uma dimensão real de todas as contas, analisar melhor as despesas fixas e a sua receita. Pode ser que você se assuste ao fazer isso, mas só assim será possível ter a visão geral do valor gasto com coisas supérfluas e, com isso, entender melhor o quanto você poderia poupar para pagar as contas fixas.
Vejo que ainda há muitas pessoas com um padrão de vida incompatível com a sua realidade, o que acaba resultando em inúmeras dívidas e muito estresse ao final do mês. Entendendo melhor essa questão, com certeza será possível perceber uma folga no orçamento.
O segundo passo é preparar um planejamento financeiro e definir as prioridades para que, ao longo do ano, seja possível ficar livre de dívidas ou evitar que elas se multipliquem. Esse controle pode ajudá-lo a proporcionar uma vida financeira mais tranquila e, quem sabe, aproveitar aquela promoção ou pensar em saidinha com os amigos ou com a família no fim de semana.
Para que essas ações funcionem, é preciso ser realista e traçar objetivos tangíveis com seu orçamento. Poupe o máximo que puder e não estipule metas financeiras que sejam consideradas ambiciosas a curto prazo, uma vez que isso pode prejudicar todo um planejamento bem elaborado ao longo do ano. Esse é o terceiro passo dessa jornada.
Por fim, tão importante quanto estabelecer suas metas e tirá-las do papel e ter disciplina. Caso seja preciso, mude seus hábitos, adaptando-os ao seu estilo de vida para que seja condizente com a sua realidade. Mantenha sempre o seu plano em mente e acompanhe-o diariamente e não só quando o seu salário estiver disponível na sua conta.
Ao longo do tempo você verá suas metas sendo atingidas sem dificuldades, que será o principal indício de que você está no caminho certo. Mas, se perceber que algo não está como o esperado, reveja tudo que foi feito e busque encontrar onde está o erro. Quanto antes você perceber onde falhou, mas rápido você conseguirá rever os planos, e se preciso, recomeçar.