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Como enfrentar um final de ano atípico

ALFREDO RISK

As possíveis aglomerações de final de ano em festas preocupam o secretário de Saúde de Ribeirão Preto, San­dro Scarpelini. Segundo ele, a cidade que até agora tem tido um aumento lento de casos, pode sentir esse impacto já em janeiro. O secretário pe­diu, durante entrevista na última segunda-feira (22), “compreensão” e que a po­pulação “siga as recomenda­ções, como distanciamento e uso de máscaras”.

Na última segunda-feira (21), o número de pessoas infectadas pelo Sars-CoV-2 ultrapassou a marca de 37,5 mil. Subiu para 37.658, ou seja, um aumento de 1,3% em relação aos 37.163 de sex­ta-feira (18).

Uma nova realidade nos encontros familiares
Para a doutora em psi­cologia e coordenadora do curso de psicologia do Cen­tro Universitário Cesusa, em Cachoeirinha/RS, Paola Var­gas Barbosa, é necessário se esforçar para compreender a nova realidade.

“É preciso fazer um es­forço para contribuir com as regras de distanciamento. As pessoas precisam pensar em como o distanciamen­to funciona dentro dos seus grupos e avaliar. Há regiões onde o risco de contamina­ção já é mais baixo”, afirma. A realização de atividades ao ar livre, em locais ventilados e com grupos menores, res­peitando as regras sanitárias, deve ser considerada.

Para diminuir o peso de to­das as questões que envolvem a Covid-19, Paola sugere que o anfitrião ou responsável por organizar a atividade, pode aproveitar para criar alguma brincadeira. “O uso de álcool em gel pode ser uma brinca­deira interessante na chegada. Um cartaz legal, uma pessoa que faz o papel de hostess, que dá as boas-vindas e garante a higienização de todos é uma alternativa”, sugere.

O importante, ressalta a psicóloga, é não ignorar algo tão relevante como uma pan­demia. “Ignorá-la coloca pes­soas em risco e podemos ter um novo aumento de casos e mortes”, avisa. Muitas pessoas perderam familiares e amigos para a doença e em um mo­mento de festa é possível que nem todas tenham elaborado bem a perda. Para Paola, quem passou pela dor terá o primei­ro Natal pela frente sem a pre­sença de um ente querido.

“É importante pensar que algumas famílias terão a necessi­dade de falar da doença que cau­sou sofrimento. Falar sobre essas perdas pode ser uma estratégia de tornar esse sofrimento mais sustentável”, destaca.

Esta não será uma reali­dade de todos e ficar falando sobre doença e Covid-19 o tempo todo não é bom. “Não podemos esquecer dos cuida­dos e aproveitar para fazer um exercício interessante.

Sandro Scarpelini, secretário de Saúde de Ribeirão Preto

Pode ser o de pensar, em conjun­to com amigos ou familiares, o que mudou na nossa vida. Que reflexões fizemos? Será que queremos voltar para a mesma vida de antes da pan­demia? Será que refletimos sobre nossa vida, escolhas, tempo dedicado à família, ao trabalho, aos sonhos? Muitas famílias tiveram que se unir para superar as dificuldades desse momento. Outras vi­veram esse momento como um aumento de crises e difi­culdades. Refletir sobre isso pode apontar caminhos para o novo ano que nos aguarda”, salienta Paola.

Respeito e ajuda
Muitas pessoas não gos­tam de festas de final de ano e outras, por diversos motivos, já vivenciaram luto, tristeza e até mesmo depressão. São ca­sos que precisam de aborda­gens diferentes, conforme ex­plica a psicóloga Paola Vargas Barbosa. “Algumas pessoas não gostam de datas festivas e são pressionadas a partici­par. Respeitar o desejo dessas pessoas pode aliviar enorme­mente a pressão, garantindo também melhor bem estar psicológico para elas”, afirma.

Para quem está preocupa­do com a pandemia e o risco de contágio, vale o mesmo. “Também precisamos res­peitar essas decisões. Achar alternativas para envolvê-los na festa, como uma vídeo­-chamada, pode ser uma alternativa de “estar junto” respeitando as escolhas de segurança e saúde de cada um.” Já nos casos tristeza ou depressão, Paola argumenta que essas pessoas precisam de atenção psicológica, especial­mente as que não se sentem bem somente nesta época do ano na qual as festividades podem ser um gatilho para aumentar o sofrimento.

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