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Como cuidar bem do seu coração – parte 05

Nesta série de artigos sobre esse importante tema que é como cuidar bem do seu coração, tivemos a oportunidade de fazer uma revisão geral e atualizada da literatura médica pertinente. Desse modo, os chamados fatores de risco continuam sendo de grande importância, não só para o aparecimen­to, como para o agravamento das doenças chamadas cardiovasculares. E para dar continuidade à abordagem desse importante tema, vamos formatar a matéria de hoje em perguntas e respostas para uma melhor compreensão dos nossos leitores.

01. Tenho colesterol aumentado e já fiz regime, mas não baixou nada. Que que eu faço?
Você deve fazer uma consulta médica com um médico cardiologista e, se você seguir direitinho o tratamento que ele vai instituir para você, certamen­te o seu colesterol vai baixar com toda certeza até chegar aos valores normais. Vamos lembrar que existem vários tipos de colesterol, que nada mais é do que gordura no sangue.

Agora devo dizer que nós médicos não tratamos o colesterol, e sim tra­tamos a pessoa portadora de colesterol aumentado. E vamos dizer também que o tratamento do paciente com o colesterol aumentado consta não só de remédios, quando for o caso, mas o tratamento envolve também atividade física diária, que o seu cardiologista vai orientar você e ainda de grande importância: a dieta que como já ressaltamos aqui mesmo nessa coluna, só o seu cardiologista vai instituir para você.

Essa dieta você deve seguir à risca e certamente os componentes frutas, verduras e legumes vão ser parte importante dela. E insisto com você: seguindo direitinho as recomendações do seu médico cardiologista o seu colesterol após algum tempo estará certamente dentro da normalidade, pode crer.

02. Tenho pressão alta e diabetes. Sou de risco para ter um infarto?

É sim. Mas não se preocupe. Você deve ser acompanhado por um mé­dico cardiologista e por um médico endocrinologista, e certamente você vai ter reduzido ao mínimo esses fatores de risco e tendo muito bem controladas essas duas doenças, você vai ter os mesmos fatores de risco de uma pessoa que não é portadora delas.

Felizmente, essas duas doenças têm tratamento bastante eficaz e segundo esse tratamento instituído, você vai ficar livre desses dois fatores de risco para elas, não só o Infarto, mas também do AVC (Acidente Vascular Cerebral). E o tratamento eficaz dessas duas doenças, vai certamente reduzir as suas chances de vir a ter um IAM (Infarto Agudo do Miocárdio), ou qualquer outra doença cardiovascular.

03. Na minha família descobri que várias pessoas tiveram derrame e doenças do coração com morte. Como fazer para não vir a ter essas doenças?

Muito importante essa pergunta. E a resposta é relativamente simples: você precisa ter uma boa assistência médica preventiva. Isto quer dizer que você preci­sa ir ao médico uma vez a cada seis meses ou antes, se você tiver algum sintoma.

Realmente muitas doenças têm componente hereditário e isto quer dizer que se pessoas dos seus ancestrais tiveram determinada doença, isto não sig­nifica que necessariamente ela vai ter essas doenças, mas ela, podemos dizer que, talvez tenha mais chance de vir a desenvolvê-las. A medicina genética tem se desenvolvido muito e hoje os médicos em geral, já dispõem de muitas ferramentas diagnósticas e podem com segurança instituir medidas precoces para prevenir o aparecimento de doenças.

04. Depressão é fator de risco para as doenças do coração?

A doença depressão em si, não. Por outro lado, podemos dizer que a depres­são leva a pessoa a uma situação em que ela deixa de se preocupar com os cui­dados pessoais como alimentação, prática de atividades físicas e outros cuidados importantes para a pessoa levar a vida, não procurar assistência médica, etc.

Aí sim, se a pessoa não tiver um suporte de cuidados preventivos, então ela não vai cuidar da sua saúde como deve. Então ela tendo depressão, vai ter os fatores de risco para as doenças do coração. Devemos considerar que uma pessoa portadora de depressão, perde parte da sua autoestima e desse modo, não tomando as medidas preventivas adequadas, os fatores de risco se desenvolvem até mais rápido.

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