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Como cuidar bem da sua saúde – parte I

Estudando um compêndio de História da Medicina, deparei-me com muitos dados e informações realmente interessantes e que modem ser úteis para qualquer pessoa. Por isso resolvi compartilhar esses conheci­mentos e reflexões com os nossos leitores do Tribuna.

Para começar o objeto da medicina desde os primórdios foi aliviar o sofrimento através do conhecimento das doenças e assim estabelecer o diagnóstico, instituir um tratamento que possa aí sim, não só aliviar o sofrimento como também, se possível, levar à cura das doenças. Vale di­zer que no passado as pessoas viviam muito pouco. Em Medicina Social nós chamamos de esperança de vida ou expectativa de vida, o que quer dizer, quantos anos em média uma pessoa consegue viver.

Nos tempos de Cristo bem como durante todo o Império Romano a vida média era de 30 anos. No início do século XX a expectativa de vida no Brasil era das mais baixas do mundo com 33,6 anos. Aliás, o Brasil sempre teve uma média de vida das mais baixas e isso se explica, que o Brasil sempre foi um país desorganizado e com baixos índices de inves­timentos em saúde e em educação, além de sempre ter sido também um país com elevados índices de corrupção. Atualmente a média de vida já está na faixa dos 70 aos 80 anos.

O aumento da longevidade ocorreu gradativamente, mas nos últimos 100 anos é que ela ocorreu de maneira mais acelerada. E isso ocorreu graças aos conhecimentos científicos notadamente nas áreas de higiene, nos métodos de prevenção de doenças e principalmente um marco decisivo foi a descoberta de novos remédios principalmente dos antibióticos em geral e dos remédios para tuberculose em parti­cular, pois morria-se demais de tuberculose no mundo. Um outro fato marcante para o aumento da longevidade foi a descoberta das vacinas que evitaram a morte de milhares de pessoas devido às pandemias que assolavam o planeta.

Países em condições de higiene de bom padrão e assistência médica ao alcance de suas populações apresenta uma média de vida mais ele­vada do que países pobres e que apresentam baixos níveis de higiene e assistência médica inacessível. Países que proporcionam aos seus povos acesso à uma assistência médica de alto padrão notadamente na área de medicina preventiva, higiene e saúde pública apresentam expectativa de vida mais elevada chegando a idades superiores a 80 anos.

Um fato que chama a atenção é que quando comparadas a expectati­va de vida entre homens e mulheres, essas vivem mais do que os homens em algumas sociedades bem mais. E isto se deve a quê? Após pesqui­sas sobre assunto as conclusões foram claras: as mulheres se expõem menos do que os homens. Não obstante as mulheres estejam inseridas no mercado de trabalho em igualdade com os homens, alguns trabalhos principalmente os mais perigosos para a saúde ainda são executados mais por homens do que por mulheres.

E isso faz com que os acidentes de trabalho que podem levar à invalidez e precocemente ao óbito ocorre mais na população masculina. Um outro fator que faz com que as mulheres vivam mais do que os homens é o fato de as mulheres vão mais ao médico do que os homens e por isso as doenças são detectadas, diagnosticadas, tratadas e curadas impedindo que as doenças progridam e a pessoa evolua para a morte. Como sempre formatamos nosso material em perguntas e respostas que já recebemos e são muitas.

01. Meu colesterol está sempre aumentado. Devo me preocupar?
Deve sim. O colesterol é uma espécie de gordura no sangue e é o que nós chamamos de fator de risco para as doenças do coração, do cérebro e do sistema circulatório. A presença do colesterol no sangue torna-o mais “grosso” dificultando o seu transporte e contribuindo junto com as placas de aterosclerose existentes nas artérias notadamente no coração, no cérebro, nos rins e na retina (estrutura que existe nos olhos e que são responsáveis pela visão). Assim, o risco de se ter colesterol alterado é o risco de aparecimento do AVC (Acidente Vascular Cerebral) ou derrame cerebral e Infarto Agudo do Miocárcio). (Continua na pr óxima semana)

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