Na semana passada aqui mesmo nesse espaço, comentamos a respeito de uma doença chamada pressão alta ou hipertensão arterial. E também, tivemos a oportunidade de ressaltar o fato de que essa doença tão comum na população infelizmente ainda é pouco conhecida. Mas, as consequências dessa doença já são muito conhecidas principalmente o AVC (Acidente Vascular Cerebral) e o IAM (Infarto Agudo do Miocárdio).
Só que a população também, infelizmente ainda não consegue associar o fato de que as consequências do desconhecimento de que é portadora de doença ou mesmo sabendo que é hipertensa a pessoa não leva muito a sério, que é preciso fazer o tratamento adequado e correto para se evitar as consequências tão graves dessa doença, não devidamente diagnosticada e tratada corretamente.
Visando conscientizar as pessoas sobre a importância do diagnóstico preventivo e do tratamento da pressão alta já foi instituída até uma lei em 2002 marcando uma data para conscientizar as pessoas: o dia 26 de abril, como o dia nacional de combate à hipertensão arterial.
Nessa data as Sociedades Médicas, como a Sociedade Brasileira de Hipertensão Arterial, as Sociedades Brasileiras de Cardiologia e de Nefrologia procuram divulgar na mídia bem como realizar eventos nas ruas e praças de todo o Brasil onde profissionais da saúde como médicos, pessoal de enfermagem, de nutrição, fisioterapia aferem a pressão das pessoas e encaminham os prováveis hipertensos para as unidades de saúde pública ou aos serviços de pronto atendimento ou ambulatórios dos seus planos de saúde.
Esses eventos tanto de mídia como de reuniões de profissionais da saúde nas ruas e praças são de grande importância, pois proporcionam um contato direto com a população. As estatísticas às vezes não são coincidentes, mas dados do Ministério da Saúde mostram que de 11 a 20% da população adulta do Brasil é hipertensa, mas há outras que afirmam que esse número é bem maior.
Isto significa que existem de 25 a 36 milhões de brasileiros hipertensos e que necessitam de tratamento. É uma população considerável de doentes. Com relação ao sexo, até os 50 anos predominam os homens como hipertensos, mas acima dessa idade o número de portadores de pressão alta é maior no gênero feminino.
À medida que as pessoas vão envelhecendo o número de portadores de pressão alta vai aumentando, sendo que 60% dos idosos são hipertensos. Assim, para cada 5 pessoas uma é hipertensa.
Com relação à pressão alta existem dois tipos sendo uma delas que é chamada hipertensão primária, onde não há uma causa determinante e outra dita hipertensão arterial secundária e cujas causas são doenças nos rins, na glândula tireoide e também nas glândulas suprarrenais.
Quando se trata de hipertensão devida a essas causas, feito o tratamento a pressão se normaliza e a pessoa não é mais hipertensa. Já o outro contingente de hipertensos em que a doença é a hipertensão arterial primária parece não haver uma única causa e se trata de uma doença que não tem cura, mas tem tratamento.
E uma vez feito o diagnóstico pelo médico que atendeu a pessoa ele vai instituir o tratamento que inclui medidas gerais que modificam o estilo de vida bem como, se for o caso, o uso de medicamentos que atualmente são muitos e que cabe ao médico explicar detalhadamente ao paciente.
Podemos dizer que são causas de hipertensão arterial: o envelhecimento da população, o aumento do peso, o consumo excessivo e continuado do sal e das bebidas alcoólicas e de outras drogas, a vida sedentária, o vício de fumar, entre outros. Então, como cuidar bem da sua pressão?
Evitando todos essas condições acima, isto é, a medida fundamental é ter uma vida saudável e isso implica em ter uma alimentação balanceada evitando comidas gordurosas, o ganho de peso e o aumento do colesterol. Também a atividade física diária é fundamental, além de dormir de sete a oito horas por noite.
Evitar o estresse promovendo soluções para conflitos familiares bem como nos locais de trabalho, e ainda procurar soluções para problemas financeiros decorrentes de crises econômicas tão comuns nos momentos que estamos vivendo. Procurar assistência médica é fundamental.