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Comércio espera por retorno das atividades

ALFREDO RISK

Na manhã desta terça-feira, 14 de abril, o prefeito Duarte Nogueira Júnior (PSDB) re­alizou uma reunião por tele­conferência com algumas das principais entidades de classe de Ribeirão Preto e indicou a possibilidade de flexibilização do decreto de calamidade pú­blica (nº 76/2020), em vigor desde 23 de março para com­bater o avanço do novo coro­navírus (covid-19) e que proí­be atividades consideradas não essenciais até dia 22 deste mês.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Ribei­rão Preto (Acirp), Dorival Bal­bino, foi um dos participantes e relatou que existe um “clima de ansiedade” entre empresários e trabalhadores, pois muitas em­presas estão com sérias dificul­dades para manter seus negó­cios sem faturamento. Balbino reforçou que a decisão pela flexi­bilização, com a abertura gradu­al das atividades comerciais e de prestação de serviços, é técnica e cabe às autoridades públicas.

O empresário destacou ain­da ser fundamental que sejam considerados, além dos aspectos referentes à saúde pública, os impactos econômicos e sociais gerados pelo fechamento total de diversas empresas, incluindo o desemprego. “É preciso olhar a situação pela realidade brasilei­ra, em que muitas empresas e fa­mílias sequer se recuperaram da última crise econômica”, afirma.

Insegurança
Para o presidente da Acirp, outro fator que está contri­buindo para a sensação de insegurança é que a maioria das empresas não está tendo acesso aos créditos anunciados pelo governo federal. “Os em­presários estão procurando os bancos e estão recebendo prin­cipalmente a oferta de capital de giro normal com taxas de juros muito altas, que inviabi­lizam o negócio”, disse.

O diretor regional do Cen­tro das Indústrias do Estado de São Paulo (Ciesp), Guilherme Feitosa, também presente ao encontro, afirma não ter dúvi­das da necessidade de se reto­mar as atividades econômicas, mas destacou que também é importante ter mais clareza so­bre como funcionarão as novas regras e quais setores serão ou não impactados.

“A Secretaria da Saúde mostrou que já existe um ce­nário que permite enxergar a abertura de forma paulatina e gradual. O que não pode ocor­rer é iniciar uma flexibilização e depois ter que recuar”, avalia Feitosa. A Acirp tem traba­lhado para auxiliar os empre­endedores na preservação de suas empresas e, consequente­mente, dos empregos, renda e riqueza no município.

O Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão Preto (Sin­covarp) e a Câmara de Dirigen­tes Lojistas (CDL-RP) também participaram da videoconferên­cia com o prefeito Duarte No­gueira, o secretário municipal de Saúde, Sandro Scarpelini, e membros da equipe do governo municipal e outras lideranças se­toriais da cidade.

As duas instituições defen­deram, junto com as demais, a necessidade de se retomar as atividades econômicas, em Ribeirão Preto, bem como re­abrir o comércio varejista, o quanto antes, ainda que de for­ma gradual. Sincovarp e CDL­-RP ainda argumentaram pela reabertura imediata de lojas e empresas que são importan­tes para segmentos essenciais, como lojas de tecidos, confec­ções, aviamentos, perfumaria e higiene pessoal, papelaria, es­critórios de contabilidade e de advocacia, entre outros.

O secretário Scarpelini atu­alizou o cenário da covid-19, em Ribeirão Preto, e destacou que, por meio de levantamentos técnicos, constatou que, no mo­mento, o crescimento do núme­ro de casos na cidade é linear e não exponencial. Com base nis­so, sustentou que haveria espaço para uma retomada.
O prefeito Duarte Nogueira e sua equipe sinalizaram para as entidades a intenção de flexi­bilizar a quarentena após o dia 22, quarta-feira da semana que vem. Com isso haveria uma rea­bertura organizada do comércio que, por sua vez, deverá, caso essa possibilidade se confirme, seguir rigorosamente as regras sanitárias e de funcionamento, determinadas pelas autorida­des em saúde. Pessoas do gru­po de risco deverão continuar em isolamento.

Nogueira ressaltou, ainda, que empresas e locais com gran­de potencial de aglomeração de pessoas, como igrejas, cinemas, escolas, entre outros, perma­neceriam fechados. “Caso re­almente seja confirmada essa reabertura do comércio, será um grande avanço no sentido de equilibrar a proteção à vida humana, que tem de acontecer, com a necessidade de se manter a roda da economia girando, evitando fechamentos de em­presas e desemprego em massa no varejo lojista e outros setores. Vamos continuar trabalhando para que a reabertura aconteça pra valer”, afirma Paulo César Garcia Lopes, presidente do Sin­covarp e da CDL-RP.

Outro aviso importante do prefeito é que, caso a situação da pandemia se agrave, ele poderá decretar novamente a suspen­são das atividades empresariais como estratégia de combate à covid-19. Questionado se já ha­veria alguma definição quanto a uma possível isenção de impos­tos municipais, solicitada pelas entidades, referentes ao período de portas fechadas, o prefeito foi taxativo ao dizer que não pode­rá abrir mão de tributos, até por prever uma significativa queda na arrecadação. No entanto, si­nalizou com a possibilidade de um Refis pelo qual os empresá­rios poderiam pagar os impos­tos devidos de forma parcelada.

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