Em ritmo de recuperação, as vendas nas lojas ribeirão-pretanas cresceram pelo sétimo mês consecutivo, aponta levantamento do Centro de Pesquisas do Varejo (CPV) mantido pelo Sindicato do Comércio Varejista de Ribeirão e Região (Sincovarp) – atende 43 cidades – e pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL RP).
Segundo a pesquisa, em dezembro do ano passado, por causa do Natal, a data mais importante para o varejo, a alta chegou a 11,43% na comparação com o mesmo período de 2020. Também ficou bem acima do índice de novembro, mês da Black Friday, quando o avanço ficou em 3,3% na comparação com o mesmo período do ano anterior.
“Esse resultado consolida, ainda mais, o processo de recuperação do Varejo após grande avanço da vacinação e o término das severas restrições impostas pelos governos estadual e municipal, ao longo da pandemia de covid-19”, analisa Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV.
Empregos
De acordo com o levantamento, as contratações no varejo de Ribeirão Preto registraram variação positiva de 8,57%, considerando principalmente as vagas temporárias. Em contrapartida, a previsão de contratações para o mês de janeiro é de queda de 1,42% com o fim dos contratos temporários.
“Mas, ao constatarmos que o indicador positivo de dezembro é bem maior que a projeção negativa de janeiro, podemos concluir que houve uma importante retenção de mão de obra no comércio, ou seja, são trabalhadores temporários que foram efetivados pelo empregador. Isso prova que está efetivamente ocorrendo a recuperação do emprego e da renda no setor”, afirma o pesquisador.
Índice de Confiança
A pesquisa também apurou a expectativa do Varejo no curto prazo, ou seja, para o primeiro trimestre de 2022. Considerando uma escala que vai de 1 a 5, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança do Varejo Sincovarp/CDL ficou em 3,28. “Trata-se de um otimismo um pouco moderado até porque historicamente os primeiros meses do ano sempre são mais fracos para o comércio”, diz Galli Alberto.
“Além disso, muitos consumidores deixam de ir às compras nessa época porque precisam pagar IPVA, IPTU, matrícula dos filhos, entre outras obrigações”, confirma o pesquisador. Já o Índice de Confiança de longo prazo, projetando o primeiro semestre de 2022 e com base na mesma escala de avaliação, ficou em 4,14, classificado como muito positivo.