O comerciante João Vitor Moura Rangon, de 27 anos, morreu, na madrugada desta quarta-feira (2). Ele foi atingido por um tiro disparado por um policial militar após ter desobedecido a uma ordem de parada e ser perseguido pelas ruas de Orlândia, região metropolitana de Ribeirão Preto e em outras três cidades.
De acordo com o Boletim de Ocorrência (B.O.), Rangon conduzia um Ford Focus e teria recebido ordem de parada de uma viatura da Polícia Militar. No carro, além de Rangon, seguia seu irmão. No registro policial, a dupla teria sido perseguida por 45 minutos, passando pelas cidades de Sales Oliveira, Morro Agudo e São Joaquim da Barra, antes de retornarem para Orlândia.
Os policiais militares conseguiram cercar o carro no cruzamento da Avenida Quatro com Rua Catorze, Jardim Santa Rita. O B.O. relata que, durante a abordagem, por motivos a serem esclarecidos, a arma do Cabo Arthur Filgueira Cintra teria disparado, atingindo Rangon na cabeça.
Ele morreu no local. O PM foi preso em flagrante e passaria por audiência de custódia. A família da vítima acusa os policiais de efetuarem uma abordagem violenta.
O caso segue em investigação pela Polícia Civil e será investigado também pela Corregedoria da Polícia Militar. A Secretaria da Segurança Pública encaminhou nota sobre o ocorrido. Leia a íntegra.
“Um policial militar, de 28 anos, foi preso em Orlândia nesta quarta-feira (2) após sua arma disparar e atingir um homem de 27 anos durante uma abordagem. Ele foi socorrido, mas já chegou ao hospital sem vida. Segundo o boletim de ocorrência, dois suspeitos que estavam em um veículo não pararam após ordem policial e um deles foi atingido pelo tiro após serem abordados por policiais militares. O passageiro do carro é investigado por resistência. O policial militar foi preso em flagrante e levado ao Presídio Romão Gomes e será apresentado em audiência de custódia. O caso foi registrado como morte decorrente de intervenção policial e resistência na CPJ de São Joaquim da Barra. A arma foi apreendida e exames foram solicitados ao Instituto de Criminalística. As diligências visando o esclarecimento dos fatos seguem em andamento.”
(Atualizado às 18h17)