A comédia que balançou a alta sociedade ribeirão-pretana ao revelar segredos muito bem guardados das senhoras mais respeitáveis da cidade voltará ao Teatro Municipal em 15 de outubro, sexta-feira. “Chá de caridade”, texto escrito pelo carioca Ângelo de Matos e adaptado para os palcos por Antonio Veiga, que também dirige a peça, será apresentada às 20 horas.
A produção é da Cia. de Comédia Serotonina. No elenco estão Nenê Alcântara, Vivi Reis, Walter Navarro, Reinaldo Colmanetti, Gesmar Nunes e Fabrício Papa. Trata-se de um verdadeiro “tsunami no high society!” Mariucha, Odaleia, Didi e Dárcy (nada a ver com aquela) são senhoras respeitáveis da alta sociedade ribeirão-pretana que reúnem-se, uma vez por mês, no melhor clube da cidade para tomar chá e organizar jantares, bingos e eventos beneficentes.
Uma denúncia anônima leva a polícia a fazer uma vistoria no clube em busca de um traficante. O garçom, apavorado, esconde no bule de chá as substâncias proibidas. Esta formada a confusão! As respeitáveis senhoras consomem as drogas alucinógenas e estimulantes, perdem a classe e a compostura e botam pra quebrar. Revelações surpreendentes virão à tona desencadeando segredos muito bem guardados. A vida dessas mulheres nunca mais será a mesma…
Com “Chá de caridade”, Ângelo de Matos faz criticas sociais, principalmente contra a hipocrisia que permeia as relações em certos ambientes, mas sempre mantendo um olhar generoso sobre seus personagens pois ele acredita que mesmo em situações ridículas o ser humano ainda é capaz de gestos de grandeza e de solidariedade. “A gente não deve se levar tão a sério; vamos rir juntos”, diz.
Matos é ator e autor de teatro, meio no qual se destacou atuando ao lado de grandes estrelas do mundo artístico como Bibi Ferreira, Dercy Gonçalves, Eva Todor, Rosamaria Murtinho, Sonia de Paula, Monique Lafond, Jorge Dória, Paulo Gracindo, Marco Nanini (sendo que ele e Nanini são da mesma geração formada no Conservatório Nacional de Teatro, o atual UNI-RIO), Michael Caine (no cinema), entre outros.
Além de ter atuado sob a direção de grandes encenadores como Flávio Rangel, B. de Paiva, João das Neves, Augusto Boal, Charles Möeller, Maria Helena Kühner, diversificou seu talento também como autor, já tendo sido encenado, com sucesso, textos como “Belíssima!” (direção de Sérgio Fonta), “Os aposentados” (direção de Paulo Afonso de Lima), “Chita grossa e tesouradas” (direção de Sebastião Apolônio) produções que foram apresentadas em excursões nacionais.
Ângelo de Matos acredita que “o teatro não é apenas um local de divertimento mas também de reflexão e por mais que o cinema e a TV sejam fascinantes, só no Teatro o espectador participa ao vivo da criação artística. Nenhuma tecnologia poderá jamais substituir o contato humano; daí que o encantamento do teatro permanece eterno.”
Os ingressos para o espetáculo custam entre R$ 40 e R$ 20 – meia-entrada para estudantes e professores de escolas públicas e particulares (mediante apresentação de documento comprobatório como carteirinha da instituição, boleto de mensalidade ou holerite), aposentados (com documento específico) e idosos acima de 60 anos (com cédula de identidade, o RG).
Estão à venda no site do Mega Bilheteria (www.megabilheteria.com). O Teatro Municipal fica na praça Alto do São Bento s/nº, Jardim Mosteiro. Para compra online há taxa de serviço. O local tem capacidade para receber 515 pessoas, mas receberá no máximo 310 por causa dos protocolos de prevenção da covid-19, que permite até 60% do previsto em alvará – o estacionamento tem 40 vagas. Mais informações pelos telefones (16) 3625-6841.
O espetáculo não é recomendado para menores de 14 anos. O uso de máscara é obrigatório. Os assentos devem ser marcados respeitando a distância segura entre pessoas que não são da mesma família. O intervalo está suspenso. Também está proibida a participação do público nos palcos e fotos com artistas.