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Começa trabalho de preservação dos objetos históricos do Palácio Rio Branco

Centro das decisões políticas mais importantes de Ribeirão Preto por 105 anos, prédio abriga agora a Secretaria Municipal da Cultura e Turismo

Fotos: Divulgação

Começou nesta segunda-feira, dia 16 de janeiro, o trabalho de conservação e preservação dos objetos históricos pertencentes ao Palácio Rio Branco. Inaugurado como Paço Municipal em 26 de maio de 1917, as obras do Palácio foram iniciadas em 3 de agosto de 1915 e concluídas em abril de 1917.

O edifício é um dos maiores representantes da memória política e administrativa de Ribeirão Preto, tornando-se o centro das decisões políticas mais importantes da cidade e considerado de valor histórico e cultural.

“A catalogação do mobiliário do Palácio Rio Branco é o primeiro passo em direção à preservação necessária da memória da administração pública e das decisões de poder que interferiram diária e diretamente na vida do ribeirão-pretano. Por isso é tão importante ter pessoas qualificadas e especializadas na equipe que irá realizar o trabalho e recriar os espaços, como vem acontecendo”, explica o secretário da Cultura e Turismo, Pedro Leão.

Com duração de quatro meses, o trabalho realizado será de identificação/catalogação dos objetos históricod existentes, pesquisa e levantamento de dados do Palácio Rio Branco, com o diagnóstico dos objetos históricos, pesquisa histórica e artística do edifício, mobiliário e quadros artísticos, para realização de um inventário.

As peças passarão por um tratamento de conservação e higienização mecânica, sendo elaborado uma catalogação/inventário, em banco de dados, e identificação e fixação de etiquetas em cada item do acervo. O trabalho será encerrado com uma mostra dos objetos catalogados para fruição e atendimento ao público, com vistas a oferecer um espaço de visitação em um dos mais importantes e emblemáticos equipamentos públicos de Ribeirão Preto, tendo como meta a formação patrimonial junto aos visitantes.

O trabalho será supervisionado pelo chefe de Divisão de Patrimônio Cultural, arquiteto e conservador de obras de arte Nilton Campos, e executado por uma equipe coordenada por Leila Heck, com vasta experiência em preservação e conservação de acervo documental e museológico.

 

Sobre o Palácio Rio Branco

Com dois pavimentos e um porão, tem 600 metros quadrados de área coberta, totalizando 1.800 metros quadrados de construção. O estilo de sua fachada é uma transição do barroco para o moderno, e foi inspirado nas fachadas arquitetônicas do início do século da França.

O nome escolhido foi uma homenagem ao Barão do Rio Branco, falecido em 1912, que também ganhou um busto na praça que fica em frente ao Palácio. Durante seus anos iniciais, o Palácio foi a sede da Câmara dos Vereadores, da Prefeitura, da Procuradoria e outros órgãos políticos.

Como acontecia com outras grandiosas obras, como o Teatro Carlos Gomes, inaugurado em 7 de dezembro de 1897 e demolido em 1944, e muitos palacetes erguidos na cidade – alguns existem até os dias atuais – o Palácio Rio Branco foi projetado com uma mistura de tendências do barroco para o moderno, que até hoje podem ser observadas em seus contornos arredondados, na predominância de motivos florais nos entalhes e nas pinturas externas. Este mesmo estilo é encontrado nos móveis de inspiração francesa que ainda decoram vários cômodos do Palácio.

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