Os preços dos combustíveis subiram nas bombas de Ribeirão Preto na última semana, segundo o mais recente levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 18 e 24 de abril. A pesquisa foi divulga nesta segunda-feira (26) por causa do feriado do Dia de Tiradentes, celebrado no dia 21.
Segundo a ANP, o preço médio do etanol hidratado, que havia registrado recorde em Ribeirão Preto no dia 20 de março, com média de R$ 4,036 – maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município –, no último sábado (24) custava R$ 3,486, aumento de 3,1% em relação aos R$ 3,380 praticados até dia 17 deste mês.
O litro da gasolina agora custa, em média, R$ 5,214, alta de 1% em relação aos R$ 5,165 cobrados anteriormente. Depois de três meses, a competitividade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo voltou a ficar abaixo do limite. Estava em 69% no dia 3, depois 66,5% no dia 9, no dia 17 era de 65,4% e no sábado (24) estava em 66,8%.
Chegou a 74,5% em 13 de março. A paridade oscilava entre 68% e mais de 70% desde dezembro. Considerando os valores médios da agência, voltou a ser vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a paridade com a gasolina ainda não ultrapassou o limite – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.
Em Ribeirão Preto, a gasolina aditivada sai por R$ 5,337, elevação de 2% em relação aos R$ 5,231 do período anterior, de acordo com a agência reguladora. O litro do óleo diesel é vendido, em média, por R$ 4,208, aumento de 2,9% ante os R$ 4,088 do dia 17. O diesel S10 custa R$ 4,274, valor 1,5% acima dos R$ 4,209 cobrados anteriormente.
Alguns revendedores bandeirados de Ribeirão Preto reduziram os preços dos combustíveis. O litro da gasolina custa entre R$ 4,80 (R$ 4,799) e R$ 5,30 (R$ 5,299) nos bandeirados. Nos sem-bandeira, custa entre R$ 4,10 (R$ 4,099) e R$ 4,70 (R$ 4,699), mas o consumidor deve pesquisar.
Há locais que cobram mais e outros, menos. O etanol custa entre R$ 3,40 (R$ 3,399) e R$ 3,80 (R$ 3,799) nos franqueados e R$ 3 (R$ 2,999) e R$ 3,30 (R$ 3,299) nos independentes, mas há locais que vendem o produto por menos de R$ 3 e em, outros, por mais de R$ 4.
O preço do etanol subiu pela quarta semana consecutiva nas usinas paulistas e o valor cobrado pelo litro do derivado da cana-de-açúcar, além de romper a barreira de R$ 2,60, deve superar R$ 2,70 nos próximos dias. Os dados foram divulgados na sexta-feira (23), pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).
Na semana passada, o litro do etanol hidratado subiu de R$ 2,5852 para R$ 2,6747, alta de 3,46% – havia registrado aumento de 8,9% no dia 16, mais 2,5% no dia 9 e 0,39% no dia 1º. Já acumula alta de 15,25% em abril. No início de março, porém, estava na faixa de R$ 2,90. O quadro começou a melhorar com a safra da cana, mas agora desandou de novo.
O preço do anidro – adicionado à gasolina em até 27% – também aumentou e passou de R$ 3, o que não ocorria desde a primeira semana de março. Saltou de R$ 2,8926 para R$ 3,0125, aumento de 4,15%. Já acumula alta de 18,9% em abril – subiu 9,71% no dia 16, mais 4,42% no dia 9 e 0,62% no dia 1º.
No dia 16, a Petrobras reajustou o preço da gasolina em 1,9% e o do óleo diesel em 3,7% em suas refinarias. Foi o segundo movimento no preço do diesel em menos de uma semana. No dia 10, a Petrobras reduziu o valor do litro do derivado de petróleo em 0,08%, para R$ 2,66 por litro.
Havia sido a segunda queda consecutiva, porém o combustível acumula alta em 2021, já que o litro fechou 2020 custando pouco mais de R$ 2.
A gasolina também ficou mais cara ao longo deste ano, uma vez que era negociada pela Petrobras a R$ 1,84 no final de dezembro de 2020. Em 25 de março, a estatal já havia reduzido o preço dos combustíveis em suas refinarias, de 3,7% no litro da gasolina e de 3,8% para o diesel.
A redução no diesel veio após cinco altas consecutivas este ano. Já a gasolina subiu seis vezes antes de ter o preço reduzido. Com a mudança, a gasolina passa a acumular alta de 40,76% desde o início do ano, enquanto o diesel subiu 36,14%. Em dezembro, os litros dos combustíveis custavam respectivamente R$ 1,84 e R$ 2,02.