A Central de Monitoramento do Núcleo de Postos da Associação Comercial e Industrial (Acirp) – que reúne 85 revendedores de combustíveis da cidade, o equivalente a 50% do mercado local – já havia informado que o etanol teve um reajuste de preço de aproximadamente 16% nas distribuidoras, e que o repasse aos consumidores seria na mesma proporção. A alta também recai sobre a gasolina, já que leva 25% de álcool anidro. Nesta semana, o aumento chegou às bombas.
Nos postos bandeirados, os litros do etanol e da gasolina estão R$ 0,10 mais caros, com reajustes de 3,4% e 2,3%, em média. Nos sem-bandeira, o derivado da cana-de-açúcar subiu até R$ 0,15, enquanto o do petróleo sofreu acréscimo de até R$ 0,20, aproximadamente 5,6% e 5%, respectivamente. Nos franqueados, o álcool custa entre R$ 2,80 (R$ 2,797) e R$ 3 (R$ 2,999). Nos independentes, é vendido entre R$ 2,65 (R$ 2,649) e R$ 2,80 (R$ 2,799). A correção deve ocorrer na maioria dos revendedores até o início da próxima semana.
Nos postos bandeirados, o litro da gasolina custa, em média, R$ 4,40 (R$ 4,398), mas ainda há revendedores que cobram menos (R$ 4,30, ou R$ 4,299) e outros que reajustaram o preço do produto para R$ 4,50 (R$ 4,499). Nos sem-bandeira, o derivado de petróleo custa, em média, R$ 4,10 (R$ 4,099), mas há locais onde é vendido por R$ 4,20 (R$ 4,199) – alguns estabelecimentos ainda não elevaram o valor e ainda cobram R$ 3,95 (R$ 3,949). O consumidor deve pesquisar. Vários postos oferecem descontos para quem pagar em dinheiro.
A Petrobras informou nesta quarta-feira que decidiu aumentar o preço do diesel em R$ 0,10 por litro, o que implica uma variação mínima de 4,518% e máxima de 5,147%, nos seus 35 pontos de venda no Brasil. Este aumento passa a vigorar a partir desta quinta-feira, dia 18. Nos postos franqueados de Ribeirão Preto, o litro do produto é vendido, em média, por R$ 3,80 (R$ 3,799). Nos independentes “saí” por R$ 3,40 (R$ 3,399). Há locais que ainda vendem o combustível por valores menores, de R$ 3,32 (sem-bandeira) e R$ 3,50 (bandeirados).
O último levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 7 e 13 de abril, em 108 cidades paulistas, indica que o litro do etanol ribeirão-pretano custa, em média, R$ 2,694, queda de 1,13% em comparação com o valor da semana anterior, de R$ 2,725, abatimento de R$ 0,031. A gasolina “sai”, em média, por R$ 4,243, contra R$ 4,148 da semana anterior, alta de 2,3% e aporte de R$ 0,095.
Segundo a ANP, o litro do diesel está 2,7% mais caro na cidade. Em uma semana passou de R$ 3,426 para R$ 3,519, acréscimo de R$ 0,093. Considerando os valores médios da agência, de R$ 2,694 para o álcool e R$ 4,243 para o derivado de petróleo, ainda é mais vantajoso abastecer com etanol, já que a paridade está em 63,5% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.
Depois de acumular queda de 13,1% em cerca de um mês, o preço do etanol hidratado disparou nas unidades produtoras na semana passada. Segundo estudo do Centro de Pesquisas Econômicas (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP) –, realizado entre 5 e 12 de abril, o etanol combustível subiu 15,07%, de R$ 1,6478 para R$ 1,8962. Antes do início da safra, até meados de março, já havia registrado alta superior a 21% em cerca de dois meses.
O levantamento semanal também registrou aumento de 4,34% no litro do anidro – adicionado à gasolina em 25% –, de R$ 1,8554 para R$ 1,9360. Segundo o Núcleo de Postos da Acirp, o aumento ocorre por causa de uma corrida das distribuidoras para compra do estoque remanescente nas usinas de açúcar e álcool no estado de São Paulo. “Porém, como a safra não está consolidada, as unidade produtoras não têm mercadoria suficiente para atender à demanda, o que resulta em um aumento inesperado no preço”, diz em nota.