Ribeirão Preto segue no topo do ranking e ainda tem a gasolina mais cara do interior. O litro do derivado de petróleo vendido na cidade tem os maiores preços desde novembro de 2017, com valores bem superiores as registrados em nível nacional, acima dos R$ 4, aponta a última edição do Boletim do Setor Sucroalcooleiro do Centro de Pesquisa em Economia Regional (Ceper) da Fundação para Pesquisa e Desenvolvimento da Administração, Contabilidade e Economia (Fundace), que traz uma análise dos dados referentes aos preços dos combustíveis veiculares e corrobora a percepção dos consumidores no dia a dia: os reajustes se tornaram mais frequentes.
“A explicação para o aumento frequente está diretamente ligada às mudanças adotadas pela Petrobras com o objetivo de acompanhar a cotação internacional”, explica o pesquisador Luciano Nakabashi, do Ceper/Fundace, coordenador do boletim dos combustíveis. O levantamento mostra que o preço médio do litro da gasolina vem subindo desde agosto de 2017. Desde então, sempre acima de R$ 3,50 nos onze municípios analisados – Araraquara, Campinas, Franca, Piracicaba, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, Sertãozinho, Sorocaba e São Paulo (capital) e Ribeirão Preto.
Nos dois primeiros meses de 2018, o preço médio ultrapassou os R$ 4 na maioria dos municípios selecionados. As exceções foram São José dos Campos (com preço médio de R$ 3,90), Sorocaba (R$ 3,99 em janeiro e R$ 3,97 em fevereiro) e a capital paulista (preço médio de R$ 3,95).
Etanol – O preço médio do etanol hidratado, o tipo vendido nos postos de combustíveis, também segue sua trajetória de aumento de preços. No mês de fevereiro, Ribeirão Preto aparece novamente como uma das cidades com o preço médio mais alto, de R$ 2,93, mas ainda assim inferior à média cobrada em Franca e São Carlos, onde o álcool custa em torno de R$ 2,96 o litro.
Na comparação entre janeiro e fevereiro, houve queda de preço médio em Araraquara (de R$ 2,80 para R$ 2,78), Campinas (de R$ 2,92 para R$ 2,89), Franca (de R$ 2,97 para R$ 2,96) e São José do Rio Preto (de R$ 2,88 para R$ 2,78). Houve aumento em Piracicaba (de R$ 2,85 para R$ 2,87), São Carlos (de R$ 2,82 para R$ 2,96), São José dos Campos (de R$ 2,86 para R$ 2,88), Sorocaba (de R$ 2,85 para R$ 2,87), São Paulo (de R$ 2,84 para R$ 2,87) e Ribeirão Preto (de R$ 2,92 para R$ 2,93).
Margem de lucro – Franca registrou a maior margem de revenda do etanol hidratado (R$ 0,437), enquanto que São José do Rio Preto apresentou a menor (R$ 0,245). No município de Sertãozinho, foram verificadas as maiores margens médias de gasolina (R$ 0,636) e de óleo diesel (R$ 0,440).
São José dos Campos foi o município com a menor margem para gasolina (R$ 0,347) e Franca, para o óleo diesel (R$ 0,245). Ao longo dos últimos três meses, a margem média de revenda (lucro), em nível nacional, aumentou para a gasolina e diminuiu para o etanol. Para o óleo diesel houve queda de dezembro de 2017 para janeiro e aumento de janeiro para ferevereiro deste ano.
Ribeirão Preto – Segundo levantamento da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 cidades paulistas entre 25 e 31 de março, o litro do etanol em Ribeirão Preto custa, em média, em R$ 2,713 (mínimo de R$ 2,497 e máximo de R$ 2,987). Para os postos, é vendido por R$ 2,482 (piso de R$ 2,418 e teto de R$ 2,581). A margem de lucro está em R$ 0,231, com variação de 9,3%
O litro da gasolina na cidade custa, em média, R$ 4,049 (mínimo de R$ 3,627 e máximo de R$ 4,309). Para os revendedores “sai” por R$ 3,704 (piso de R$ 3,469 e teto de R$ 3,974), com margem de lucro em R$ 345, com variação de 9,3% também. Já o diesel é vendido a R$ 3,274 (mínimo de R$ 3,199 e máximo de R$ 3,390). Para os comerciantes, custa R$ 3,012 (piso de R$ 3,007 e teto de R$ 3,017). A margem de lucro está em R$ 0,262, com variação de 8,7%.