O levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) já constatou o reajuste de 18,7% no preço da gasolina e de 24,9% no do óleo diesel, aplicados pela Petrobras no dia 11. A pesquisa foi entre 13 e 19 de março e aponta que os preços subiram na maioria dos mais de 200 postos de Ribeirão Preto.
O preço do litro da gasolina agora custa, em média, R$ 6,831, alta de 3,8% em relação aos R$ 6,584 cobrados até 12 de março. O preço do diesel saltou de R$ 6,033 para R$ 6,516, aumento de 8%. Lembrando que estes são os preços médios, ou seja, tem posto cobrando mais ou menos pelos produtos.
O preço médio cobrado pelo litro do etanol passou de R$ 4,421 para R$ 4,593, reajuste de 3,9% em relação ao dia 12, depois de chegar a R$ 5,199 em 13 de novembro – o maior valor da história desde que a agência passou a pesquisar preços no município.
Depois de mais de sete meses, a paridade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo voltou a ficar abaixo de 70%. Agora está em 67,2%, depois de passar semanas acima de 80% – chegou a 80,5% no dia 13 de novembro. O preço da gasolina aditivada (R$ 6,596) caiu e o do diesel S-10 (R$ 6,064) subiu.
Um dia depois de a Petrobras anunciar reajuste de 18,7% no preço da gasolina e de 24,9% no do óleo diesel, em suas refinarias, os mais de 200 postos de Ribeirão Preto já estavam cobrando mais pelo litro dos derivados de petróleo e também do etanol, que não é administrado pela estatal, mas acompanha os aumentos para evitar explosão da demanda e a consequente falta do produto no mercado.
A Central de Monitoramento do Núcleo Postos Ribeirão Preto, entidade setorial que reúne 85 donos de postos de combustíveis da cidade, previa que o litro da gasolina teria aporte médio de R$ 0,60 e do diesel, de R$ 0,90. Porém, o repasse nos postos bandeirados ficou abaixo destes valores, mas nos sem-bandeira encostou em R$ 0,70 no caso da gasolina. No do diesel, atingiu os R$ 0,90.
O preço médio da gasolina nos postos franqueados agora é de R$ 7 (R$ 6,997), alta de 6,1% em relação aos R$ 6,60 (R$ 6,597) cobrados anteriormente, acréscimo de R$ 0,40. O diesel subiu de R$ 6,10 (R$ 6,097) para R$ 6,50 (R$ 6,497), aumento de 6,6% e aporte de R$ 0,40. O etanol avançou 6,8% e passou de R$ 4,40 (R$ 4,397) para R$ 4,70 (R$ 4,697). São R$ 0,30 a mais.
Nos postos independentes, o preço médio da gasolina saltou de R$ 6,20 (R$ 6,199) para R$ 6,88 (R$ 6,879), aumento de 11% e aporte de R$ 0,68. O etanol passou de R$ 4,08 (R$ 4,079) para R$ 4,48 (R$ 4,479), alta de 9,8% e acréscimo de R$ 0,40. Já o diesel avançou 15,5%, de R$ 5,80 (R$ 5,799) para R$ 6,70 (R$ 6,699). São R$ 0,90 a mais.
A justificativa de distribuidoras e comerciantes é a tensão que o mercado enfrenta devido à guerra entre Rússia e Ucrânia. Com base nos valores de R$ 4,70 para o derivado da cana e de R$ 7 para o do petróleo, a paridade está em 67,1% e é mais vantajoso abastecer com álcool, já que o limite é de 70%.
No ano passado, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), divulgado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o preço da gasolina avançou 47,49% no país. O etanol acumulava 62,23% de alta no mesmo período, ante 46,04% do diesel.
Em fevereiro, gasolina e etanol apresentaram deflação – os preços caíram, respectivamente, 0,47% e 5,04% – e o diesel subiu 1,65%. No acumulado em doze meses, a gasolina sobe 32,62%, o álcool avança 36,17% e o diesel, 40,54%. No primeiro bimestre de 2022, o etanol tem deflação de 7,73%, o valor da gasolina recua 1,60% e o do diesel sobe 4,07%.