Os combustíveis estão mais caros nas bombas dos mais de 200 postos de Ribeirão Preto. Nesta quinta-feira, 13 de setembro, com a alta recorde do dólar – a moeda norte-americana fechou o dia a R$ 4,1998 – e o reajuste de 1,02% no preço da gasolina, anunciado na quarta-feira (12) pela Petrobras, o mercado tratou de ajustar os valores do derivado de petróleo e também das commodities, afetando o etanol.
Nos postos bandeirados da cidade, o litro do etanol custa em média R$ 2,70 (R$ 2,699), mas há locais onde é vendido por R$ 2,80 (R$ 2,799), com variação de 3,84% e diferença de R$ 0,10. Nos sem-bandeira, o litro é encontrado por R$ 2,62 (R$ 2,619), mas alguns estabelecimentos cobram R$ 2,68 (R$ 2,679), com média de R$ 2,64 (R$ 2,639). A variação chega a 2,3%, com diferença de R$ 0,06. Para abastecer um tanque de 50 litros o consumidor vai pagar entre R$ 131 e R$ 140. A variação entre o menor preço (R$ 2,62, independentes) e o maior (R$ 2,80, franqueados) chega a 6,8% ou R$ 0,18.
Segundo o Centro de Pesquisas Econômicas (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (Esalq) – vinculada à Universidade de São Paulo (USP), – entre os 31 de agosto e 6 de setembro, o valor do litro do álcool hidratado disparou 5,86% nas usinas, de R$ 1,5897 para R$ 1,6828. O do anidro – adicionado à gasolina em 25% – também subiu 5,86% de R$ 1,6885 para R$ 1,7874.
Segundo o estudo semanal da Agência Nacional de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre os dias 2 e 8, o etanol vendido em Ribeirão Preto custa, em média, R$ 2,474 (piso de R$ 2,409 e teto de R$ 2,609). Apesar de não ser administrado pela Petrobras, o preço etanol, uma commodity, segue o mercado dos derivados de petróleo e o câmbio. Com o dólar alto, as usinas direcionam a cana para produção de açúcar para exportação. Além disso, com o álcool mais barato pode haver uma explosão da demanda.
Nos postos bandeirados, o litro da gasolina custa, em média, R$ 4,70 (R$ 4,699), mas há estabelecimentos que vendem o derivado de petróleo por R$ 4,80 (R$ 4,799) e até R$ 4,90 (R$ 4,899) – a variação chega a 4,25% diferença de R$ 0,20. Nos sem-bandeira, a média é de R$ 4,65 (R$ 4,649), mas há locais onde o litro custa R$ 4,62 (R$ 4,619) e em outros “sai” por R$ 4,68 (R$ 4,679), variação de 1,3% e diferença de R$ 0,06. Para abastecer um tanque de 50 litros, o consumidor vai gastar entre R$ 231 e R$ 245. A variação entre o menor preço (R$ 4,62, independentes) e o maior (R$ 4,90, franqueados) chega a 6,06% ou R$ 0,28.
Segundo a ANP, preço médio da gasolina na cidade é de R$ 4,577 (piso de R$ 4,429 e máximo de R$ 4,799). Considerando os valores médios de R$ 2,70 para o etanol e R$ 4,70 para gasolina nos bandeirados e de R$ 2,64 e R$ 4,65 nos sem-bandeira, respectivamente, ainda é mais vantajoso abastecer com álcool, já que a paridade está entre 57,4% e 56,7% – deixa de ser vantagem encher o tanque com o derivado da cana quando a relação chega a 70%.
No final de agosto os donos de postos de combustíveis em Ribeirão Preto reajustaram o valor do litro do óleo diesel. Nos bandeirados, o aumento médio foi de 13,4%, passando de R$ 3,44 (R$ 3,437) para R$ 3,90 (R$ 3,899), acréscimo de R$ 0,46. Nos sem-bandeira disparou 9,34%, de R$ 3,21 (R$ 3,209) para R$ 3,51 (R$ 3,509), aporte de R$ 0,30.
A variação entre o menor preço (R$ 3,51, independentes) e o maior (R$ 3,90, franqueados) chega a 11,1% ou R$ 0,39. Segundo o estudo semanal da ANP, o valor médio na cidade é de R$ 3,517 (mínimo de R$ 3,369 e máximo de R$ 3,699). Antes da greve dos caminhoneiros custava R$ 2,3716 nas refinarias. A Petrobras manteve o preço congelado por 90 dias. Para encher um tanque de 100 litros, o caminhoneiro terá que desembolsar entre R$ 351 e R$ 390.