Tribuna Ribeirão
Economia

Combustíveis Gasolina sobe 10% nas refinarias

A Petrobras informa que a partir desta quinta-feira, 14 de maio, o preço médio da gasoli­na nas refinarias está 10% mais caro por causa do fortaleci­mento do petróleo no mercado internacional, que operava em alta de 1,37% o tipo Brent na terça-feira (12), cotado a US$ 30,39 o barril. O diesel perma­nece com o preço inalterado.

De acordo com a Associa­ção Brasileira dos Importado­res de Combustíveis (Abicom), o aumento será de R$ 0,1024 por litro. O Brent, usado como parâmetro pela Petrobras, ga­nhou força após a divulgação do relatório dos estoques nos Estados Unidos, que recuaram ante uma expectativa de alta pelo mercado.

Segundo a petrolífera, o re­passe de ajustes em valores da gasolina cobrados nas refinarias aos consumidores finais, nos postos, não é imediato e depen­de de uma série de questões, como margem da distribuição e revenda, impostos e adição obri­gatória de etanol anidro.

Na quinta-feira passada, dia 7, a Petrobras reajustou o preço médio da gasolina em 12%. O avanço ocorreu após uma re­cuperação dos preços do barril do petróleo no mercado inter­nacional, à medida que alguns países da Europa e da Ásia, assim como parte dos Estados Unidos, começaram a flexibili­zar medidas de isolamento to­madas em função da pandemia de coronavírus.

No dia 21 de abril, a Petro­bras havia reduzido o preço médio da gasolina em 8% e o do diesel em 4% nas refinarias – caiu mais 10% no dia 27. Até então, o litro da gasolina vendida pela estatal havia recuado 59% e o diesel 50% neste ano.

Segundo dados divulgados na sexta-feira (8) pelo Cen­tro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universida­de de São Paulo (Esalq/USP), o preço do hidratado nas usinas paulistas saltou de R$ 1,3270 para R$ 1,3825, aumento de 4,18% – já acumula 6,23% de alta em duas semanas.

O preço do anidro – adi­cionado à gasolina em até 27% –, que estava acima de R$ 1,60, também voltou a subir 0,72%, depois de recuar 1,03% na sema­na anterior. Agora, passou de R$ 1,5229 para R$ 1,5339. Segun­do o levantamento semanal da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado em 108 cida­des paulistas entre 3 e 9 de maio, a gasolina vendida em Ribeirão Preto custa menos de R$ 4.

Em média, o litro é vendido a R$ 3,638, contra R$ 3,701 do período anterior, abatimento de R$ 0,063 e queda de 1,7%. O preço médio do diesel é de R$ 3,137, ante R$ 3,139 do levan­tamento anterior, quase sem alteração – recuo de 0,06% e desconto de R$ 0,002.

O diesel S10 é vendido por R$ 3,338, contra R$ 3,265 do pe­ríodo antecedente, aumento de 2,2% e acréscimo de R$ 0,073. O etanol ribeirão-pretano custa R$ 2,227, ante R$ 2,283 da pesquisa anterior, recuo de 2,4% e abati­mento de R$ 0,056.

Considerando os valores médios da agência, de R$ 3,638 a gasolina e de R$ 2,227 para o derivado da cana, ainda é mais vantajoso abastecer com eta­nol, já que a paridade está em 61,2% – deixa de ser vanta­gem encher o tanque com o derivado da cana-de-açúcar a relação chega a 70%.

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