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Combustíveis disparam nas bombas

Os preços dos combustíveis voltaram a subir em alguns postos de Ribeirão Preto, mes­mo sem movimentação nas refinarias da Petrobras e com o registro de queda nas usinas paulistas de açúcar e álcool. Os revendedores alegam que têm despesas fixas como aluguel e mão de obra para justificar os reajustes, e são obrigados a re­passar o ônus ao consumidor.

Os donos de postos tam­bém dizem que recebem os produtos já com os reajustes praticados pelas distribuido­ras. A média para a gasolina agora chega a R$ 6,20, alta de 1,6% em relação aos R$ 6,10 da semana passada, aporte de R$ 0,10. No caso do etanol, o pre­ço médio está em R$ 4,90 nos postos bandeirados, R$ 0,10 a mais e aumento de 2,1% em comparação com os R$ 4,80 do período anterior.

Porém, tem posto cobran­do R$ 6,80 (R$ 6,799) pelo litro do derivado do petróleo e R$ 5,30 (R$ 5,299) pelo da cana-de-açúcar. A quebra da safra 2020/2021 da cana e a exportação de açúcar, que faz a produção de álcool combustí­vel cair, também é citada como vilã dos aumentos. Além disso, o reajuste do óleo diesel teria pesado para a correção da ga­solina, mas essa recomposição ocorreu semana passada.

Na maioria dos postos bandeirados da cidade, o li­tro da gasolina custa entre R$ 5,90 (R$ 5,899) e R$ 6,40 (R$ 6,399). O preço médio é de R$ 6,20 (R$ 6,197). Nos sem-ban­deira, custa entre R$ 5,40 (R$ 5,399) e R$ 5,80 (R$ 5,799), e o valor médio é de R$ 5,60 (R$ 5,599), mas o consumidor deve pesquisar porque há re­vendedores franqueados e in­dependentes que cobram mais e outros, menos.

O etanol custa entre R$ 4,70 (R$ 4,699) e R$ 5,10 (R$ 5,099) nos postos bandeirados, com média de R$ 4,90 (R$ 4,897), e deve subir ainda mas na en­tressafra da cana-de-açúcar. Nos sem-bandeira o álcool é vendido entre R$ 4,40 (R$ 4,399) e R$ 4,80 (R$ 4,799), com média de R$ 4,50 (R$ 4,499). O consumidor deve pesquisar porque há variação para mais e para menos.

Com base nos valores de R$ 4,90 para o derivado da cana e de R$ 6,20 para o do petróleo, a paridade está em 79% e não é vantajoso abastecer com álco­ol. Para justificar o reajuste da gasolina, revendedores apon­tam a alta do diesel em 29 de setembro como vilã, pois enca­rece o custo do frete e do trans­porte. O preço do óleo diesel subiu R$ 0,25 nas refinarias da Petrobras. O litro passou de R$ 2,81 para R$ 3,06, alta de 8,9%.

Os valores de R$ 6,80 para a gasolina e de R$ 5,30 para o etanol são os maiores da histó­ria – chegaram a R$ 6 (ou R$ 5,999) e R$ 5 (R$ 4,999) du­rante a greve dos caminhonei­ros, em maio de 2018, quando o etanol atingiu R$ 5 (ou R$ 4,999), mas a situação não era de mercado, e sim atípica. Se o consumidor considerar estes preços, de R$ 5,30 e R$ 6,80, a paridade está em 77,9% e álco­ol segue em desvantagem.

O levantamento da Agên­cia Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), realizado entre 26 de setembro e 2 de outubro, não constatou a disparada dos preços dos combustíveis, em Ribeirão Preto, na semana pas­sada. Ao contrário, o etanol hidratado recuou nas bombas

O preço médio fechou se­tembro acima de R$ 4,40. A gasolina continua na casa de R$ 5,80. O preço médio co­brado pelo litro do álcool hi­dratado baixou para R$ 4,441, queda de 1,3% em relação aos R$ 4,501 cobrados até dia 25, o maior valor da história desde que a agência passou a pesqui­sar preços no município.

O preço do litro da gasolina agora custa, em média, R$ 5,814, queda de 0,9% em relação aos R$ 5,865 cobrados anteriormen­te. A paridade entre os derivados de cana-de-açúcar e de petróleo continua acima do limite. Ago­ra está em 76,4%, ante 76,7% do dia 25. Chegou a 77,1% em 26 de junho.

A competitividade oscila entre 66% e mais de 77% des­de dezembro. Considerando os valores médios da agência, pode não ser mais vantajoso abastecer com o derivado de cana-de-açúcar, já que a pa­ridade com a gasolina está no limite – deixa de ser vantagem encher o tanque com álcool quando a relação chega a 70%.

Usinas
O preço do etanol caiu nas usinas paulistas depois de nove semanas seguidas de alta. Porém, o hidratado continua com um pé na casa de R$ 3,30. O litro do etanol hidratado recuou de R$ 3,2999 para R$ 3,2922, queda de 0,23%.

O preço do anidro – adi­cionado à gasolina em até 27% – baixou 0,30%, mas segue acima de R$ 3,80. Passou de R$ 3,8220 para R$ 3,8105. Os dados foram divulgados na sexta-feira (1º), pelo Centro de Estudos Avançados em Econo­mia Aplicada (Cepea) da Esco­la Superior de Agricultura Luiz de Queiroz da Universidade de São Paulo (Esalq/USP).

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