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Combate ao mosquito transmissor da dengue

Não é a primeira vez e, certamente, não será a última, que se faz necessário dizer, também aqui, da necessidade de se combater com firmeza o Aedes aegypti. Neste ano, os casos de dengue cresceram significativamente, em relação ao ano passado, e precisamos cuidar para que o mosquito transmissor da dengue, zika vírus, chikungunya e febre amarela seja extinto ou, no mínimo, reduzido a quantidades mínimas. Temos condições de combater o vetor com atitudes simples e precisamos fazê-lo em nome da saúde pública e da tranquilidade das pessoas. Mas todos precisam ajudar, porque está comprovado que 80% dos criadouros do mosquito estão dentro dos imóveis.

Nos primeiros nove meses de 2019, tivemos mais de um terço dos casos registrados em 2016, quando se ultrapassou os 35 mil re­gistros da doença, na maior epidemia dos últimos sete anos. E temos condições de reverter estes números, até porque eles registraram quedas significativas nos últimos dois meses. Vamos dar a volta por cima e eliminar o risco de ampliação da doença. A prefeitura tem feito campanhas de educação para que as pessoas adquiram o hábito de acabar com os criadouros, o que é feito com a simples prática de eliminar qualquer tipo de água limpa e parada dentro de suas casas e estabelecimentos comerciais e industriais.

Não é tarefa difícil e nem demorada. Basta dedicar poucos minu­tos na semana para evitar doenças que podem matar. Mas é preciso muita atenção, porque estamos chegando ao crítico período da estação chuvosa, quando o aparecimento do Aedes aegypti aumen­ta consideravelmente, ampliando a possibilidade de mais pessoas serem contaminadas. Assim, qualquer recipiente que possa receber água da chuva deve ser retirado de áreas descobertas, porque os ovos do mosquito podem estar lá e a procriação acontece mesmo que estes ovos tenham mais de um ano e estejam agora em local seco. É suficiente o contato com a água para que as larvas apareçam e se transformem em mosquito.

Neste mês de outubro a Secretaria Municipal da Saúde fez quatro mutirões em vários bairros da cidade em busca de materiais que pos­sam se transformar em criadouros do mosquito Aedes aegypti. Foram coletadas mais de 15,8 toneladas dos mais diversos objetos, principal­mente pneus, um dos vilões da proliferação do Aedes, por acumula­rem água. Este é um trabalho que vem sendo aos finais de semana e resultam na redução dos potenciais criadouros, mas não é bastante. O fundamental é que todas as pessoas estejam envolvidas neste combate imprescindível à erradicação das doenças transmitidas pela picada do mosquito. Por mais mutirão que se realize, sem a participação dos habitantes sempre sobrará a chance de existência do transmissor.

Há tempos esta guerra está declarada. As batalhas estão em andamento, mas há ainda reveses que precisam ser exterminados. A intensificação dos trabalhos precisa ocorrer em todas as frentes. Não basta apenas a prefeitura limpar. Primeiro é preciso que os materiais retirados não voltem aos locais de origem. Também é preciso insistir na colaboração individualizada, ou no trabalho de cada pessoa, cada família, cada grupo de pessoas em suas casas e ambientes de trabalho. São alertas repetitivos porque são necessários. Esta é sem­pre uma convocação imprescindível para que as pessoas participem destes atos de valorização da saúde.

Assim, mesmo diante do incômodo de repetir a mesma mensa­gem, o faço para que mais pessoas possam ter acesso à informação e consciência da importância de participação. A prefeitura continuará a fazer a sua parte, mas queremos todos envolvidos nesta guerra – que precisa ser vencida – contra a dengue.

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