Neste sábado, 2 de dezembro, o Hospital das Clínicas de Ribeirão Preto (HC-RP) realizará a 24ª Campanha de Prevenção ao Câncer de Pele. O evento é um alerta à população sobre a doença que é diagnosticada em cerca de 180 mil pessoas a cada ano, segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca). Especialistas chamam a atenção para a exposição ao sol de forma exagerada e o fato do Brasil possuir altos índices do câncer de pele.
Neste mês acontece a campanha “Dezembro Laranja”. Nesta 24ª edição da campanha, o Serviço de Dermatologia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP) da Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Sociedade Brasileira de Dermatologia, recebe a população para orientação, atendimento e tratamento de casos diagnosticados da doença. Não é preciso encaminhamento das Unidades Básicas de Saúde (UBS), basta ao interessado comparecer das oito às 14 horas do dia 2 no Ambulatório do HCRP, no campus da USP, na avenida Bandeirantes nº 3.900, Monte Alegre, Ribeirão Preto.
Ao longo de 23 anos de campanhas, mais de seis mil pessoas foram atendidas pelo HCRP, com diagnóstico positivo para aproximadamente 14% dos indivíduos examinados. “Embora as mulheres compareçam em maior proporção nas campanhas, os homens têm sido mais atingidos pelo câncer da pele”, alerta a coordenadora da campanha, a professora Cacilda da Silva Souza que espera atender este ano em torno de 500 pessoas.
Prevenção deve começar na infância – Os especialistas têm enfatizado sobre os cuidados com as crianças, pois, as chances de desenvolvimento da doença são reduzidas se as medidas de prevenção forem adotadas desde a infância. As crianças devem ser protegidas e os jovens orientados quanto aos riscos da exposição solar excessiva, durante as atividades esportivas e de lazer ao ar livre. A proteção pode ser feita com roupas adequadas, óculos, chapéus ou bonés e filtro solar, principalmente no período de 10 às 15 horas, em que há maior intensidade de radiação solar.
O câncer da pele atinge mais comumente indivíduos com mais de 50 anos, no entanto, a sua freqüência tem aumentado em indivíduos mais jovens. Há grupos da população mais susceptíveis ao câncer de pele, como indivíduos de pele clara, aqueles que se expuseram excessivamente ao sol, ou que já tiveram um câncer da pele. Esses grupos devem estar mais atentos aos sinais suspeitos do câncer da pele e procurar atendimento periódico do especialista para exame e orientações de prevenção.
De frente com a doença – O câncer de pele é o crescimento anormal e descontrolado de células da pele. Existem três tipos de câncer de pele: o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma. O carcinoma basocelular é o mais frequente, e o melanoma, o mais raro e grave, com alto potencial de produzir metástases. Alguns tipos podem levar à morte se não houver diagnóstico e tratamento precoces. A radiação ultravioleta é a principal responsável pelo desenvolvimento do câncer e o envelhecimento da pele.
Noventa por cento dos tumores de pele são curáveis, desde que detectados precocemente. A cirurgia executada por médicos especialistas, ainda, é o método mais adequado para tratamento dos tumores cutâneos nas fases iniciais. A divulgação de informações para população sobre as principais causas e sinais comuns de tumores cutâneos, em conjunto com o acesso da população aos serviços de saúde tem contribuído para a prevenção e detecção precoce da doença.
Sinais de alerta – Crescimento de nódulo, róseo a escuro, que se ulcera e sangra facilmente. Mancha que arde, descama e sangra sem causa aparente. “Pinta” ou “sinal” que muda de cor, tamanho, espessura ou contornos. Feridas que sangram e não cicatrizam.
Prevenção – Evite exposição excessiva ao sol no período entre 10 e 16 horas (horário de verão). A face é local freqüente dos tumores da pele, proteja-a sempre. Não se esqueça de proteger os lábios e as orelhas. Use chapéu, boné, óculos e roupas que protejam a pele.
Use sempre um filtro solar com fator de proteção solar (FPS) igual ou superior a 30, aplicando-o, generosamente, pelo menos 20 minutos antes da exposição ao sol. Reaplique se for permanecer exposto ao sol por mais de duas a três horas. Procure um especialista se notar na pele: manchas, “pintas” ou “sinais” que estão se modificando, as que formam “cascas” na superfície ou sangram com facilidade; feridas que não cicatrizam ou lesões de crescimento rápido ou contínuo.