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Com três de Bruno Mezenga, Ferroviária atropela o Botafogo

Bruno Mezenga foi o cara da vitória da Locomotiva diante do Botafogo (Foto: Tiago Pavini/Ferroviária S/A)

O Botafogo sofreu uma derrota vexatória diante da Ferroviária, na noite desta segunda-feira (8), em partida realizada na Fonte Luminosa, em Araraquara. Sem tomar conhecimento do Pantera, a Locomotiva passou o “trem” e venceu com o placar de 5 a 0. Bruno Mezenga, com três tentos, Rogério e Higor Meritão completaram o elástico placar.

Com o resultado, o Botafogo fica na lanterna do Grupo A, com apenas um ponto somado. De olho na briga contra o rebaixamento, o Tricolor já deve começar a ficar preocupado, porque está entre os piores times da competição. O próximo compromisso é no sábado, diante da Ponte Preta, às 19h, no estádio Santa Cruz.

Mais uma vez e repetindo o ano passado, o problema do Pantera foi o setor de criação. Sem nenhum homem para organizar a equipe, Gallo apostou numa formação com três zagueiros e três volantes. Não surtiu efeito, o Botafogo ficou muito previsível e viu o trio de meio-campistas da Ferrinha desfilarem no gramado da Fonte Luminosa.

Também sem opções para mudar o panorama – Gallo até tentou apostando novamente em Dudu – o Botafogo foi massacrado em Araraquara e volta de cabeça inchada para Ribeirão Preto.

Se não for ao mercado ou mudar rapidamente a mentalidade desta nova equipe, que foi formada a menos de 20 dias do inicio da competição e que fez apenas um jogo-treino antes da estreia, o destino do Botafogo pode ser aquele que já foi anunciado no Paulistão do ano passado, conhecido na Série B e tem chances de ser repetido no Campeonato Paulista de 2021.

O jogo

A primeira etapa foi de amplo domínio da Ferroviária. Com um time mais encaixado dentro de sua proposta de jogo, a Locomotiva não tomou conhecimento de um burocrático Botafogo e abriu o placar logo aos 4 minutos.

Felipe Marques fez excelente jogada pelo lado esquerdo, deixou dois marcadores para trás e achou lindo lançamento para Bruno Mezenga, nas costas dos zagueiros do Pantera. O atacante dominou, trouxe para canhota e bateu cruzado, sem chances para Igor Bohn.

Perdido em campo, o Tricolor não conseguia sair jogando e a aposta do técnico Gallo em entrar com três zagueiros e três volantes mais de contenção não funcionou e tornou o Botafogo bastante previsível.

Quando Gallo conversava com Dudu Hatamoto para fazer sua primeira alteração, a Ferroviária fez o segundo. Aos 21 minutos, Zanocelo recebeu na ponta direita e rolou para Diogo, que chegou cruzando na medida para Bruno Mezenga, que testou firme e aumentou a vantagem da Ferrinha.

Após o segundo gol, Gallo abriu mão dos três zagueiros e sacou Matheus Santos para a entrada de Dudu Hatamoto. Mesmo com a mudança, o Botafogo continuou com um futebol muito burocrático e com enormes dificuldades para criar jogadas.

A única chance do Pantera aconteceu aos 31 minutos. Rafael Marques achou lindo passe para Rodrigo Ferreira, que levou para o fundo e cruzou muito forte. Neto Pessôa, livre no segundo pau, não conseguiu aproveitar a jogada.

Se o Botafogo não fez, Bruno Mezenga não perdoou. Aos 43 minutos, Everton Brito recebeu passe de Zanocelo e tocou para Felipe Marques, que dominou e cruzou no segundo pau. Com faro de artilheiro, Mezenga, livre, apareceu completando de canhota e fez o terceiro dele no jogo, aumentando ainda mais a vantagem da Locomotiva.

A volta do intervalo não teve alteração. A Ferroviária seguiu dominante e o Botafogo jogando como uma equipe completamente desorganizada. A situação ficou pior aos 5 minutos.

Após boa troca de passes, Zanocelo achou Higor Meritão na entrada da área. O volante da Locomotiva chegou batendo de primeira, de três dedos, no cantinho, sem chances para o goleiro Igor Bohn.

O passeio da Ferroviária seguiu e o quinto gol saiu aos 12 minutos. Felipe Marques lançou Igor na ponta esquerda, o lateral chegou cruzando de primeira e o atacante Rogério, livre, apenas empurrou a bola para o fundo da rede.

Com o resultado definido, a Ferroviária tirou o pé, baixou as linhas e passou a trocar muitos passes no meio-campo. Sem forças para reagir, o Botafogo apenas observou e em raros momentos chegou no campo ofensivo. Desta forma, com ambos os times “confortáveis”, o placar seguiu inalterado até o fim da partida.

 

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