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Com contrato renovado, Fahel Júnior fala sobre sequência de trabalho

FOTOS: ALFREDO RISK/JORNAL TRIBUNA

O anúncio da permanên­cia de Fahel Júnior no Co­mercial foi uma das notícias mais comemoradas pelo tor­cedor alvinegro neste come­ço de 2021. A renovação, que em determinado momento chegou a parecer distante, aconteceu e o treinador vai comandar o Leão do Norte em mais uma Série A3.

Em entrevista exclusiva ao Tribuna, Fahel revelou que só aceitou continuar no clube, porque percebeu que as coi­sas poderiam melhorar no futuro. O treinador também reconheceu que a situação financeira na Joia ainda con­tinua complicada.

“Quando acabou a Copa Paulista, não havia uma de­finição do que iria ocorrer, mas nós vínhamos conver­sando. Houve uma proposta pra gente fechar em dezem­bro, mas eu achei melhor esperar o momento financei­ro do clube se ajeitar. Ainda não se ajeitou; a diretoria está tentando arrumar a casa, mas em janeiro na conversa que tivemos, eu vi que poderia ter um norte legal, um ponto po­sitivo para as coisas melhora­rem”, afirmou Fahel.

Com baixo orçamento, Fahel e a diretoria alvinegra estão vasculhando o mercado em busca de jogadores

Fato raro no futebol bra­sileiro, Fahel Júnior terá continuidade no comando do Comercial. O treinador reconhece que num clube desse porte, a pressão por resultados e da torcida, nor­malmente dificulta a sequ­ência de trabalho.

“É muito difícil isso no Brasil. Ainda mais em Ribei­rão Preto, com o Comercial, que tem uma torcida que está louca por esse acesso, que não veio, mas a torcida viu que pelo futebol que nós mostramos poderia dar cer­to. A gente sempre buscou jogar um bom futebol e con­quistamos resultados, não veio o acesso, mas esperamos que ele venha esse ano”, disse.

Sem tanto dinheiro dispo­nível, o Comercial precisou buscar jogadores em merca­dos alternativos. Dos 11 re­forços confirmados, apenas três tem boa rodagem no futebol paulista. Os demais fizeram suas carreiras basica­mente atuando no Nordeste.

“Em relação ao plane­jamento de montagem, até em outros clubes que eu já trabalhei, a gente procurava jogadores em outros merca­dos, outros estados, atletas que queriam oportunidades e buscavam oportunidades num centro maior. Jogado­res do Nordeste, que se des­tacam nos estaduais, Série B, ou até mesmo Série C, mas em outros estados. Eu sempre falo, esses caras são jogadores que estão com ‘fome de bola’; com vontade de aparecer no mercado de São Paulo”, destacou Fahel.

“No ano passado já tra­balhamos assim, trouxemos muitos jogadores de fora e, do time titular, saíram prati­camente todos. Além disso, todos saíram empregados, ninguém tá por aí pedindo emprego, todos saíram pela boa campanha. Eles vieram ganhando menos e foram ganhar salários melhores. Os jogadores se valorizaram porque o Comercial propor­ciona isso”, completou.

Apesar do bom desem­penho na Série A3, o grande objetivo da temporada não foi alcançado por conta de dois “apagões” sofridos pelo time alvinegro nos jogos de­cisivos. Contra o São Bernar­do, por exemplo, o time saiu vencendo e levou uma virada em menos de cinco minutos nas duas partidas.

Segundo o treinador, quan­to mais o tempo passa, mais a eliminação dói. Para ele, os resultados ruins foram fruto de erros psicológicos e falta de jogadores com perfil de liderança dentro do elenco.

Caricato, Fahel esbanjou bom humor e satisfação com o clube durante a entrevista

“Depois que passa um tempo dói mais ainda aque­la eliminação. O jogo contra o São Bernardo que nós fize­mos aqui em casa foi o pior de toda a competição. Mas no segundo da semifinal, nosso primeiro tempo foi exube­rante. Era pra ter saído com a vaga garantida. Foi o melhor primeiro tempo do campeo­nato. Os jogadores estavam bem, não estavam cansados, até porque quem correu foi o São Bernardo. Eu pedi para eles manterem o mesmo ritmo, o mesmo volume de jogo, que nóis íamos sair de lá com o acesso”, contou.

“Mas na volta do interva­lo, com um minuto tomamos o gol de empate, com três a virada e aos 10 já estava 3 a 1. Foi um segundo tempo terrível, pior que o do Palma Travassos. Principalmente no jogo de São Bernardo, faltou um pouco de experiência. No jogo daqui também faltou equilíbrio, voz de coman­do dentro do campo. Faltou uma certa lide­rança no time. Faltou saber acalmar os ânimos. Eu saí rouco do campo, mas de­pois que sofremos o empate e a virada, já dava pra ver no rosto dos jogadores o dese­quilíbrio. Serviu de aprendi­zado para que na montagem do elenco, a gente também busque peças que tenham espírito de liderança. Nós tínhamos jogadores muito bons tecnicamente, mas fal­tou um pouco mais de expe­riência”, completou.

O Comercial já está em pré-temporada e deve anun­ciar mais reforços ao longo da semana. A estreia do Leão do Norte na Série A3 está marcada para o dia 7 de mar­ço, diante do Primavera, no estádio Ítalo Mário Limongi, na cidade de Indaiatuba.

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