Até 28 de agosto, o Coletivo MuDança Ribeirão realiza a primeira edição online do Festival Danço, Logo Existo. Informações sobre o evento estão disponíveis em www.instagram.com/mudancaribeirao/, no link disponível na BIO. Pensando em aproximar ainda mais o artista do público em tempos de isolamento social, o evento chega inovando e traz para a programação o “Delivery Dance”.
O “Delivery Dance” é uma atividade que tem como objetivo “entregar” a dança na porta das casas em Ribeirão Preto, promovendo assim o acesso e a descentralização desta arte. Para participar, serão selecionadas 25 apresentações-solo e cada um dos artistas, os “entregadores”, serão remunerados em R$ 500.
Os artistas interessados em participar do “Delivery Dance” devem se inscrever até 11 de junho e o resultado dos “entregadores” selecionados será divulgado a partir do dia 30 do mês que vem, no Instagram do coletivo (@mudancaribeirao). Já quem quiser ser presenteado com o “Delivery Dance” na porta de casa deve se inscrever de 14 a 18 de junho. As vagas são limitadas para os dez primeiros inscritos.
“O projeto, em seu fazer, propõe repensar os formatos de apresentações, a relação com o espaço urbano e o vínculo junto ao público, além de movimentar a economia local da área da Dança na cidade de Ribeirão Preto”, diz Angela Andrade. As apresentações do “Delivery Dance” acontecerão entre os dias 15 e 18 de julho e de 23 a 25 de julho.
A atuação do Coletivo MuDança é marcada também pela mediação artística e espaços de educação não-formal. Por acreditar na importância de atividades formativas, o festival traz para a sua programação os webinários “Danço, Logo Re(Existo)”. Serão três encontros, sempre com início às 15 horas.
Os temas escolhidos são “Festivais e Inovações”, com apresentação no dia 26 de junho; “Pandemia, Crise e Reinvenções”, no dia 14 de agosto; e encerrando o ciclo de encontros será a vez de “Como empreender e produzir em Dança”, no dia 28.
Os webnários acontecerão através da plataforma Zoom, com limite de participantes. Ao final de cada webnário, a produção emitirá certificação para os presentes no encontro. “Para nós, só é possível pensar em práticas artísticas se estivermos dialogando com práticas pedagógicas. Por isso, a intenção de criar um espaço de diálogo com educadores e artistas que atuam junto ao notório saber acadêmico, bem como agentes culturais que possuem sua prática pautada em suas experiências” , detalha Ana Luiza Yosetake.
Todas as inscrições para as atividades do Festival Danço, Logo Existo podem ser feitas na página do Instagram do MuDança. A programação diversificada contemplará tanto dançarinos, quanto o público. Idealizado em 2012, o grupo nasceu com o intuito de unir agentes da dança em Ribeirão Preto para discussão de demandas coletivas e repasse destas necessidades para as reuniões ordinárias do Conselho Municipal de Cultura.
Desde então, o movimento viveu transformações em seus objetivos e ações. Com um histórico de atuação em produções de eventos de maneira continuada, tornou-se nos últimos anos, um coletivo em Ribeirão Preto de ações voltadas para os modos de pensar e fazer em dança, garantindo gratuidade ao acesso às atividades, incentivando processos criativos e pesquisa em dança, em suas variadas linguagens.
Inspirada na frase “penso, logo existo” do filósofo, físico e matemático francês René Descartes, o evento “Danço, Logo Existo” nasceu como uma festa no final de 2014, durante o Festival Fagulha de Artes Integradas, em parceria com o Coletivo Fuligem. O objetivo do evento era promover e celebrar um encontro entre passinhos da balada e danças profissionais, fortalecendo os artistas locais da dança e também os aproximando do público.
Após se consolidar na cidade, a festa “Danço, Logo Existo” seguiu sua trajetória de forma independente, mostrando sua potência em caminhar de maneira autônoma. Ao todo, foram realizadas quatro edições até o ano de 2018, em parceria com casas de shows na cidade de Ribeirão Preto.
O Festival Danço, Logo Existo é um projeto financiado pelo Edital ProAC LAB 60/2020, com apoio do Ministério do Turismo, Secretaria Especial de Cultura, Lei Aldir Blanc e Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.