A abertura da Semana Santa acontecerá no próximo domingo, dia 05 de abril, quando em nossas comunidades celebraríamos a Bênção dos Ramos seguindo em procissão ao interior de nossas Igrejas, para a Celebração Eucarística. Neste ano tudo será diferente, porque celebraremos sem povo, mas pelo povo, cada um em sua casa! O isolamento social é fundamental para evitarmos maior contaminação do coronavírus, a covid-19!
Com o Domingo de Ramos, descortina-se a Semana Santa em que a Igreja celebra os mistérios da salvação levados a cumprimento por Cristo nos últimos dias da sua vida, a começar pela entrada messiânica em Jerusalém.
Os ramos abençoados que levaríamos para nossas casas, após a celebração, lembram que estamos unidos a Cristo na mesma doação pela salvação do mundo, na labuta árdua contra tudo o que destrói a vida. Neste ano somos convidados a seguir rigorosamente as orientações de prevenção da vida: Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso! Cuidemos uns dos outros!
Se durante a Quaresma fizemos o propósito de “não falar mal de ninguém”, o Domingo de Ramos que abre a grande Semana Santa nos convida ao balanço: conseguimos não falar mal de ninguém ao longo deste grande deserto em preparação à festa da Páscoa? Os pregos de hoje, que crucificam Jesus na pessoa do próximo é, frequentemente a língua felina, que mente, calunia, difama, destrói a oportunidade de o outro crescer. Muitas vezes por pura inveja. Quantas vezes não suportamos que o outro seja melhor!
Seria também o domingo da prestação de contas de todos os nossos exercícios quaresmais de oração com melhor qualidade, de jejum consciente, pensando naqueles que não têm o que comer todos os dias e, finalmente a profunda, sincera e generosa caridade! De acordo com a sugestão da CNBB (Conferência Nacional dos Bispos do Brasil), esta Coleta poderá ser transferida para os dias 16 e 17 de novembro de 2020, Dia Mundial dos Pobres. Sejamos honestos e devolvamos, no espírito da Coleta de Solidariedade os frutos saborosos colhidos em benefício dos que tem menos do que nós.
A entrega de nossa partilha deverá ser o que na verdade deixamos de consumir na Quaresma e quem sabe, neste tempo de pandemia. Ninguém terá o direito de reter qualquer centavo desta, que é a Coleta da Fraternidade. Não deixemos que nenhum “tráfico corrupto” desvie a coleta de sua verdadeira finalidade! Isso seria feio e grave pecado contra a justiça! Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso conta com nossa honestidade! “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34).
Como viver a profecia contra as injustiças políticas e sociais, se nós mesmos não formos honestos na destinação total da Coleta da Solidariedade?