As pás de lixo utilizadas na varrição de praças, ruas e avenidas em Ribeirão Preto são feitas por três colaboradores da Estre Ambiental. Por mês, eles calculam a produção de 50 pás e, por ano, cerca de 600. Todas distribuídas para os vários setores da cidade.
O material utilizado é todo retirado de caçambas, encontrados nas ruas ou pedidos em pastelarias e restaurantes. São latas de óleo, às vezes de tinta, e cabos de vassouras ou canos de alumínio. “Preferimos às latas de óleo de cozinha e os cabos das vassouras velhas utilizadas na varrição são reutilizados nas novas pás. Isso gera economia para empresa”, explica o supervisor José Milton Gonçalves.
Ele e o varredor Ronaldo de Carvalho são os construtores das pás, enquanto, o também varredor, Antonio da Silva Pereira é o responsável por conseguir as latas de óleo em restaurantes e pastelarias. “Basta passar um pouco de água e estão prontas para serem usadas, já as de tinta são mais difíceis de limpar”, garante.
“Para fazer a pá usamos as latas, o cabo, tesoura, martelo, prego e alicate. Em menos de 15 minutos estão prontas”, afirma Ronaldo. “Mas eu prefiro usar a faca para cortar a lata. Já estou acostumado”. Experiência, eles têm. São anos produzindo as pás. “Nem me lembro quanto tempo faz que faço este trabalho”, afirma.
No dia em que a reportagem do Tribuna foi até à Casa de Apoio, no Centro de Ribeirão Preto, havia 16 latas empilhadas. “Estas nós vamos fazer amanhã”, garantiu Milton Gonçalves.