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Cobrança de Área Azul volta com flexibilização

Zona de Área Azul em Ribeirão Preto - Foto: JF Pimenta

Com flexibilização da quarentena, o sistema de estacionamento rotativo foi retomado, para disciplinar o uso de vagas para veículos

A Empresa de Trânsito e Transporte Urbano de Ribeirão Preto (Transerp) informa que “retomou a comercialização dos cartões de Área Azul junto aos pontos de vendas cadastrados, devendo os condutores se atentarem à sinalização ao longo das vias.” A medida foi tomada em razão da região do 13º Departamento Regional de Saúde (DRS XIII) entrar na fase amarela no Plano São Paulo, que permitiu a flexibilização da quarentena imposta pela pandemia de covid-19.

As pessoas voltaram a sair de casa para trabalhar, pagar contas, fazer compras, almoçar fora, se reunir em bares e restaurantes com amigos e familiares, por isso o sistema de estacionamento rotativo foi retomado, para disciplinar o uso de vagas para veículos.

A fase amarela do Plano São Paulo permite a abertura de shopping centers e galerias de segunda-feira a sábado, das 12 às 20 horas – fecha aos domingos –, e do comércio em geral, nos mesmos seis dias, mas das nove às 17 horas. O setor de serviços também pode atender.

A medida abrange escritórios de advocacia, de engenharia e arquitetura, entre outros, imobiliárias e afins, poderá atender de segunda-feira a sábado, das nove às 17 horas. Bares, restaurantes e lanchonetes, com áreas externas ou ventiladas, poderão atender das onze às 17 horas.

Na fase amarela, além dessas atividades, também podem atender, com restrições e regras rígidas, academias, salões de beleza e de estética – cabeleireiros, barbearias, esteticista, manicure, pedicure, depilador e maquiador. O horário destes estabelecimentos vai de segunda-feira a sábado, das nove às 17 horas.

Ribeirão Preto possui 1.829 vagas de Área Azul. Destas, 5%, ou seja, 92 são destinadas a idosos. Atualmente, 2% são destinados aos portadores de deficiência, o que representa 36 locais. Do total de pontos, 99 estão no entorno do Aeroporto Estadual Doutor Leite Lopes (Jardim Jóquei Clube) e 1.730 distribuídas entre a região central, avenida da Saudade e na avenida Dom Pedro I.

São 1.462 no Centro, 165 nos Campos Elíseos e 202 no bairro Ipiranga, na zona Norte. Atualmente o cartão amarelo, válido por uma hora, custa R$ 1,50, e o verde, que libera a vaga por 120 minutos, é vendido por R$ 3, mas o tempo máximo de permanência é de três horas – R$ 4,50 no total.

O motorista infrator que não respeitar as regras será autuado com base no Código de Trânsito Brasileiro, pagará multa de R$ 195,23 e vai perder cinco pontos na Car­teira Nacional de Habilitação (CNH) – infração grave. As motocicletas são dispensadas do pagamento da tarifa desde que sejam estacionadas nos locais estabelecidos por sinalização própria, desta forma, ficando proibidas de estacionarem entre os veículos.

A Área Azul é cobrada de segunda a sexta-feira, das nove às 18 horas, e no sábado, das nove às 13 horas. O horário é diferenciado no Aeroporto Leite Lopes, onde a cobrança acontece das sete às 21 horas, de segunda-feira a sábado. Nos demais dias e horários o estacionamento é livre. O sistema de estacionamento rotativo foi criado em 1985 pelo então prefeito João Gilberto Sampaio (na época no PMDB).

O sistema de estacionamento rotativo conhecido por Área Azul voltou em maio de 2017, quase um ano depois de ser suspenso pela juíza Lucilene Aparecida Canella de Melo, da 2ª Vara da Fazenda Pública, em junho de 2016, por causa de uma falha da administração Dárcy Vera (PSD) – a prefeitura, ao tentar reajustar o valor do ta­lão de R$ 1 para R$ 3, revogou a própria lei que regulamentava o estacionamento rotativo.

A Transerp estuda, desde o ano passado, a possibilidade de ampliar o sistema de esta­cionamento rotativo para a região da avenida Nove Julho, que atravessa vários bairros da cidade – Centro, Higienópolis, Jardim Sumaré e Vila Seixas, por exemplo. Muita gente re­clama que leva até 20 minutos para encontrar um local para estacionar na via. Seriam cerca de 600 novas vagas, levando o total da cidade para 2.434.

O estudo abrange várias ruas adjacentes, onde há muitas clínicas e hospitais. Em nota enviada ao Tribuna em meados de 2017, a Transerp informou que “atualmente, realiza levantamentos técnicos e estudos na referida avenida visando implementar o estacionamento rotativo no lo­cal. Os estudos se encontram em andamento”, disse.

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