Realizado pelo Observatório do Livro, o projeto reúne, em grupos presenciais e virtuais, adolescentes de 12 a 17 anos que têm sido impactados por leitura literária, dinâmicas que estimulam habilidades e uma biblioteca virtual com 5.000 títulos. São 40 clubes em 10 cidades do estado de São Paulo
“O clube de leitura me ajuda a enfrentar a timidez, pois me faz expressar os sentimentos e os pensamentos”, conta Isadora de Almeida Leite Moreira, de 12 anos. Ela faz parte de um dos grupos presenciais que acontecem na Sociedade Espírita Obreiros do Bem, em Ribeirão Preto, e que reúnem 30 adolescentes de 12 a 15 anos. “Eu passei a ler muitos livros de aventura, pois sempre tem uma curiosidade e um percurso empolgante”, completa.
Para Diego Bueno, coordenador pedagógico daquela instituição, é notável como a procura por livros e debates literários aumentou com o desenvolvimento do projeto. “Um aumento por parte dos familiares também para empréstimo dos livros. A biblioteca ganhou um novo olhar, novas práticas e um espaço de acolhimento para toda a turma de adolescentes”, avalia Diego.
Também presenciais são os três clubes que acontecem na Alvorada Associação de Amigos da Comunidade Jardim do Trevo, um grupo no Instituto Crescer Cidadão, no bairro Quintino Facci 1, e dois no Instituto Íris de Luz, no bairro de Monte Alegre, todos em Ribeirão, bem como os cinco clubes da Associação de Assistência e Proteção ao Adolescente Trabalhador (Adot), em Sertãozinho. E, em Araraquara, são dois grupos na instituição Oficina das Meninas, com 23 adolescentes acolhidas.
No formato virtual são dois clubes na Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (Casa), também em Ribeirão, no mesmo modelo dos que acontecem na Fundação Casa de Campinas, e três grupos chamados avulsos que abrigam adolescentes de toda a região. Todos recebem um nome escolhido pelos participantes e esses últimos são Lucinda, Zezé e Elza.
Oprojeto – Com dez meses de duração, o Clube de Leitura 2.0 visa a ampliação do universo cultural dos adolescentes, bem como sua autonomia crítica, desenvolvimento de sua capacidade de leitura literária e suas habilidades comportamentais e socioemocionais, entre outros. Os municípios atendidos são Campinas, São Paulo, Santos, Osasco, Itapevi, Sorocaba, Araraquara, Ribeirão Preto, Sertãozinho e Serrana.
A iniciativa é do Observatório, uma fundação privada com sede em Ribeirão Preto (SP), selecionada em edital para captar recursos pelo Fundo dos Direitos da Criança e do Adolescente do Estado de São Paulo. Tem o patrocínio das empresas Rico, Valid, Nitro, Embracon e GS Inima. Entre os apoiadores, figuram o Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente (Condeca-SP) e o Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) de Ribeirão Preto.
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