O Clube do Livro, coordenado por Gabriela Pedrão, vai discutir neste sábado, 21 de setembro, a obra “Ratos e homens”, do norte-americano John Steinbeck (1902-1968). As inscrições podem ser feitas pelo telefone (16) 3911- 1050 ou através de e-mail no endereço clubedolivro@fundacaodolivroeleitura.com.br. O evento acontece das 16 às 18 horas, na sede da Fundação do Livro e Leitura de Ribeirão Preto, na rua Professor Mariano Siqueira nº 81, no Jardim América, Zona Sul.
Publicado em 1937, o livro de John Steinbeck conta a história de George e Lennie, dois trabalhadores rurais na Califórnia durante a Grande Depressão (1929-1939). A história se passa em um rancho a alguns quilômetros de Soledad, no Salinas Valley. Foi a primeira tentativa do autor de escrever um romance para o teatro.
Estruturado em três atos de dois capítulos cada, tem padrão tanto de uma novela quanto de uma peça de teatro. A proposição do autor foi escrever um romance que pudesse ser representado a partir do texto ou uma peça que pudesse ser lida como um romance. A novela recebeu elogios de muitos críticos da época, como Ralph Thompson, do New York Times, que descreveu a obra como um “pequeno grande livro, por todo o seu melodrama final”.
Por supostamente promover a eutanásia, fazer insultos raciais, ser rotulado de atuar como antinegócios, conter palavras de baixo calão e em geral conter linguagem ofensiva e vulgar, muitas proibições e restrições foram reivindicadas, mas com o tempo tornou-se uma leitura obrigatória em muitas escolas de ensino pré-universitário em diversos países de língua inglesa. “Ratos e homens” aparece em quarto na lista dos mais desafiantes livros do século XXI, da American Library Association.
Segundo a curadora do Clube do Livro, a bibliotecária Gabriela Pedrão, os livros foram escolhidos para a agenda anual, de forma que os participantes podem se programar e organizar a leitura com antecedência.”Para que todos consigam participar e incluam a leitura em suas rotinas, optamos por livros não muito extensos”. A proposta é que o grupo possa ler com tranquilidade no intervalo de um mês, sempre avaliando a obra em conjunto ao final do período.
Neste ano, já foram tema de debate as obras “Pedro Páramo”, de Juan Rulfo (1917- 1986); “Perto do coração selvagem”, de Clarice Lispector (1920-1977); “Intermitências da morte”, de José Saramago (1922-2010); “O som e a fúria”, de William Faulkner (1897- 1962); “O deus das pequenas coisas”, de Arundhati Roy; “A Festa do Bode”, de Mario Vargas Llosa; e “O avesso da vida”, do norte-americano Philip Roth (1933-2018).