O escritor José Castello e a psicanalista Maria Hena Lemgruber conduzem nesta quinta-feira, 11 de junho, o encontro “Janelas Literárias” (https://bit.ly/309jh8L) sobre Clarice Lispector (1920-1977). O evento acontece pelo Instituto Estação das Letras, às 18 horas, pela plataforma Zoom.
“Janelas Literárias”, cuja primeira edição aconteceu em maio, tenta resgatar de forma virtual o projeto Rodas de Leitura, criado e desenvolvido pelo IEL nos anos 1990. São leituras feitas em grupo, nas quais um mediador lê um texto em tela e comenta com a plateia para uma reflexão, uma conversa simples e lúdica.
O objetivo do evento, que passa a ser realizado mensalmente pelo IEL, é despertar o gosto pela leitura da literatura nacional ou estrangeira. Para Suzana Vargas, diretora do Instituto, esta prática ajuda na aquisição do hábito de ler livros, com a riqueza e o poder de interferência que carregam em todas as esferas da vida social e profissional.
“O ‘Janelas Literárias’ deseja descortinar horizontes novos para desenvolver o hábito da leitura, com leveza e criatividade”, diz. Esta edição trabalhará textos, livros, falas e entrevistas da escritora, no ano de seu centenário, e é ainda um tira gosto para o “Extremos – Círculo de Leitura de Ficções Radicais”, no qual Castello e Hena trabalharão “A peste”, romance de Albert Camus (1913-1960). A oficina será realizada de 17 de junho a 26 de agosto, sempre às quartas-feiras, das 19 às 21 horas.
Projeto “Extremos”
Há cerca de uma década, a psicanalista Hena Lemgruber e o jornalista e escritor José Castello desenvolvem o projeto “Extremos – Círculo de Leitura de Ficções Radicais”. Nele, já foram lidos em voz alta, linha a linha, entre outros, livros como “Água viva”, de Clarice Lispector, “Lavoura arcaica”, de Raduan Nassar, “O estrangeiro”, de Albert Camus e “Memórias do subsolo”, de Fiodor Dostoievski (1821- 1881), além de uma seleta da poesia de Carlos Drummond de Andrade (1902-1987). O objetivo é aproximar literatura e existência.
“A peste”
A escolha de “A peste”, romance que Albert Camus publicou no ano de 1947, conecta-se diretamente com a realidade da “peste” covid-19. “Ao ler o romance de Camus estaremos, de certo modo bastante radical, lendo a nós mesmos”, diz Castello.