Tribuna Ribeirão
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Clamando pelo Brasil!

Nasci no ano de 2003. Irei completar os meus 18 neste final de ano. Sou jovem e ainda tenho muito a viver. Por isso gostaria de parar um momento para reflexão: Como nós, jovens, gostaríamos do mundo futu­ramente para nós e para futuras gerações? Será que estamos no caminho certo ou devemos lutar para ainda encontrá-lo?

As páginas da História podem nos enganar, por serem escritas por seres humanos, e todos nós sempre seremos parciais, mas os fatos não nos enganam. Não vivi a Ditadura Militar, nem vivi muito intensamente o governo Lula, mas vivo o governo Bolsonaro, tendo a certeza de que é tão insano quanto os outros citados. Isso porque, neles, fechamos os olhos e idolatramos alguém, enquanto a nossa idolatria deveria ser ao Brasil e não a uma pessoa. Governos vêm e vão, enquanto nosso país fica à deriva no caos, deixado por aqueles que diziam nos governar.

Político não é para ser idolatrado; político é para ser cobrado. Os cargos que ali ocupam os tornam funcionários da nação!

Não queremos a saída de Bolsonaro para colocar o Lula de volta, não queremos nenhum dos dois no poder. Queremos acabar com os extremos, com a cega idolatria, para pensarmos numa Terceira Via, que, depois de viabilizada, será a nossa Primeira Via!

Obviamente quem for escolhido não será o salvador da Pátria. Vimos, no ano de 2018, que isso não existe. Mas não podemos deixar de sonhar que um dia as coisas vão mudar, e, para isso, devemos começar a mudança agora!

Primeiramente, precisamos de alguém que pense o Brasil, e não um par­tido político ou algumas classes que o representem, mas que pense no país como um todo, que enxergue as nossas diferenças, mas nos faça unidos.

Os conceitos de direita e esquerda nasceram na Revolução Francesa e perduram até os dias de hoje, e nós sabemos que jamais vão deixar de existir; aliás, são eles que tornam a democracia viva. Mas onde está a democracia no radicalismo de ideologias, quando faltamos com respeito a outro brasileiro, apenas por pensar diferente de nós?

O que precisamos pôr um fim não é em relação à direita nem à esquerda; é na polarização política, incitada por nossos últimos gover­nantes. A corrupção e ameaças às instituições, isso sim fere diariamente a nossa democracia e, como disse o nosso grandioso Ulysses Guimarães, em 1988, enquanto promulgava a Constituição Cidadã: “Traidor da Constituição é traidor da Pátria!”.

Não toleraremos mais sermos enganados com falsas promessas eleitorais para, quando chegarem ao poder, esquecerem de quem os colocou lá, nós, o povo brasileiro. Estamos fartos da mesmice. São falsos populistas que estão ocupando a cadeira de Presidente da República.

Se quiser vir com discurso popular, então, para começar, que olhe para todo o povo brasileiro e não apenas para quem lhe agrade. Preci­samos desesperadamente de alguém que nos una nas nossas diferenças, que faça o país crescer, agregando as divergências. Que, ao invés de criticar, tente entender o porquê do outro pensar assim; que elabore propostas e projetos não para interesse próprio; e, também, que não desfavoreça muitos para favorecer alguém.

Vivemos todos em realidades muito diferentes, muitos não têm as mesmas oportunidades que outros. Não têm as mesmas condições finan­ceiras. Enfim, ninguém é igual a ninguém, cada um com suas dificulda­des. Então não devemos julgar as razões do outro pois, provavelmente, ele tem um motivo oculto que apenas ele próprio conhece.

Não podemos continuar acreditando que existem apenas Lula e Bol­sonaro. Existem talvez até milhões de pessoas mais capacitadas que eles para ocuparem esse cargo. Por isso devemos procurar, buscar, lutar, para que encontremos alguém que esteja disposto, verdadeiramente, a colocar o Brasil acima de tudo.

Então, brasileiros, temos uma única missão como nação; nos juntarmos, apesar de diferenças sociais ou ideológicas para NÓS, não líderes políticos e partidários, clamarmos por uma Terceira Via que extermine os extremos que nos dividem e nos una em favor da nossa Pátria, do nosso Brasil!

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