A Microsoft lançou um roteiro atualizado com os novos recursos que o navegador Edge deve implementar ao longo ano. O roadmap lista itens “em desenvolvimento” que chegarão aos canais Dev e Canary e recursos marcados como “lançados”, que estarão disponíveis para aqueles no canal Beta e serão lançados para o público geral eventualmente.
A publicação é interessante para acompanharmos a direção para a qual a empresa está levando seu navegador – e mostra um nível de transparência muito maior do que, por exemplo, o adotado com o sistema operacional Windows. O roteiro lista novos recursos que vão até o Edge 91 (o Edge 88 acaba de ser lançado).
O desenvolvimento do Edge é dividido em canais, como no Google Chrome (no qual é baseado). Eles são chamados Canary, que é atualizado diariamente e contém as mudanças mais recentes feitas pelos desenvolvedores, Dev, atualizado semanalmente, Beta, atualizado a cada seis semanas e que pode ser considerado uma “prévia” da próxima versão que estará disponível aos desenvolvedores e Stable, a versão que está disponível ao público geral.
“Daremos a vocês nossa melhor estimativa de quando esses recursos serão lançados no canal Stable”, explica a empresa. “Todas as informações estão sujeitas a alterações a qualquer momento”, completa o comunicado, antevendo novas atualizações a cada seis semanas ou mais. Listamos abaixo as cinco principais novidades do Edge para 2021:
Sem desperdício de papel
De acordo com o roteiro, com o Edge 89 os usuários terão mais opções de personalização de tamanho quando imprimem páginas da Web e documentos PDF. A opção ‘Ajustar à página’ garante que o site ou o documento se encaixem no espaço disponível no ‘Tamanho do papel’ selecionado para impressão.
A opção ‘Tamanho real’ garantirá que nada fica de fora da impressão. Independentemente do tamanho do papel na impressora, o conteúdo sendo impresso terá a mesma dimensão da mostrada na tela.
Abas verticais
Quem costuma navegar com várias abas abertas ao mesmo tempo, sabe que fica impossível saber qual guia é qual quando a barra fica muito cheia. Títulos do site começam a ser cortados e controles são perdidos conforme cada aba diminui.
Em testes desde abril, a opção de guias verticais será lançada no Edge nos próximos dias e permite que os usuários movam suas guias para o lado, onde ícones alinhados verticalmente e títulos de sites mais longos tornam mais fácil a leitura.
As abas verticais também facilitam a organização de várias guias, fornecendo mais espaço para selecionar, fechar e reordenar rapidamente cada página. O painel de exibição das abas pode ser recolhido, para que o usuário volte a ter a visualização completa do site que está acessando no momento.
Cópia inteligente
Não é raro copiarmos um conteúdo de um lugar para outro e o resultado ser desastroso: com o texto numa formatação errada, tabelas desorganizadas e espaçamento diferente. O Edge está trazendo um recurso de “smart copy”, que permite que, na hora de colar, você possa escolher o formato ideal para aquele conteúdo.
Além disso, o navegador poderá identificar o conteúdo da área de transferência para quando você clicar em um campo de preenchimento de perfil/endereço (telefone, e-mail, CEP, cidade, estado etc.) mostrar como sugestões de preenchimento automático.
Monitor de senhas
Esse é bem parecido com um recurso que foi incorporado ao Chrome e Firefox no ano passado: o navegador analisa as senhas salvas e alerta o usuário se elas aparecerem em um vazamento de dados de algum site.
Uma diferença em relação ao mesmo recurso nos concorrentes é que além do alerta, no Edge o usuário é levado automaticamente à página correta para trocar a senha afetada.
Fim do suporte ao Flash
Desde 31 de dezembro passado a Adobe parou de atualizar e distribuir o Flash Player, e como consequência, o Edge (e todos os outros navegadores) encerrará o suporte do plugin. A remoção já está valendo com o Edge 88.
A Microsoft afirma que todas as versões do Flash anteriores à atualização KB4561600, lançada em junho, serão bloqueadas. Em publicação feita em seu blog oficial, a companhia recomenda que os usuários optem por alternativas mais seguras para reprodução de vídeos e animações, como o HTML5.
Via: Neowin