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Cinco escolas atingem meta do Ideb

FERNANDO GONZAGA/CCS

Os dados do Índice de De­senvolvimento da Educação Básica (Ideb) relativos a 2019, divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) na terça-fei­ra, 15 de setembro, revelam re­trocessos na rede municipal de ensino de Ribeirão Preto e avan­ços na rede estadual. A análise foi feita pelo Instituto Ribeirão 2030, que desenvolveu um mo­nitor online com o detalhamen­to de todas as escolas da cidade.

Nos anos iniciais (1º ao 5º ano) do ensino fundamental, a média das escolas municipais re­grediu ao menor patamar desde 2011 (nota 6,1), com nota 6 em 2019. Das 24 unidades escola­res com aferição de nota, 17 (ou 70,8%) pioraram em relação ao último Ideb, de 2017. Somente quatro melhoraram (16,7%) e três ficaram estagnadas (12,5%).

Apenas cinco escolas da rede municipal de ensino atingiram as suas metas individuais do Ideb nos anos iniciais (20,8% de 24). Em contrapartida, a rede es­tadual avançou: 26 escolas me­lhoraram seus indicadores em relação a 2017 (de 6 para 6,3) e 32 atingiram a meta.

Os dados dos anos finais (6º ao 9º ano) também são ruins para a rede municipal: de 18 escolas, onze pioraram as notas (61,1%), seis melho­raram (33,3%) e uma estagnou (5,6%). A média foi de 4,8, a mesma da rede estadual – qua­tro unidades escolares retro­cederam, 15 avançaram e uma manteve a mesma nota.

Na rede municipal, a es­cola Faustino Jarruche teve a melhor evolução entre 2017 e 2019, passando de 5,7 para 6,4, atingindo a meta de 6. A Raul Machado cresceu 0,2 e chegou a 7,1 (atingiu a meta de 6,8), ficando empatada com a Maria Ignez Lopes Rossi entre as me­lhores avaliadas da rede – não atingiu a meta de 7,8.

As escolas municipais Raul Machado e Paulo Freire tiveram a melhor evolução em relação a 2017, melhorando em 0,5 suas a notas. A Raul Machado tam­bém foi a única da rede munici­pal que atingiu a meta nos anos finais em 2019 – subiu de 5,7 em 2017 para 6,2 no ano passado, e a meta era de 5,8.

Segundo o painel, as cinco escolas municipais que atingi­ram a meta foram a Faustino Jarruche, Raul Machado, Profes­sora Elisa Duboc Garcia – caiu de 7,1 em 2017 para 6,5 no ano passado, mas atingiu a meta de 6,2 –, Professora Dercy Célia Seixas Ferrari – caiu de 6,7 em 2017 para 6,4, mas ultrapassou a meta de 6,3 – e Geralda de Sou­za Espin – subiu de 6,1 para 6,2, que era a meta em 2019.

Na rede estadual, a esco­la Jorge Rodini chegou a 7,6 e manteve a primeira colocação no ranking da cidade, consi­derando tanto a rede estadual quanto municipal. A Jardim Doutor Paulo Gomes Romeo teve a maior evolução, passan­do de 4,9 para 5,8.

Na rede estadual, a escola Doutor João Palma Guião avan­çou 1,2 no Ideb em relação à edição anterior. Com isso, se tor­nou a melhor avaliada da rede estadual em 2019, ao lado da Cordélia Ribeiro Ragozo e Cid de Oliveira Leite.

Em Ribeirão Preto, no iní­cio deste ano, 46.921 estudan­tes – 22.696 do ensino infantil e 24.225 do fundamental – esta­vam matriculados. A rede mu­nicipal conta com 108 escolas – há unidades em construção –, das quais 75 unidades de edu­cação infantil e 33 de ensino fundamental. A cidade também tem aproximadamente 300 ins­tituições particulares das mais de dez mil que educam em ter­ritório paulista.

Na região, que envolve três das 91 Diretorias Regionais de Ensino (DREs) – Ribeirão Preto, Sertãozinho e Jaboticabal –, são 99.432 alunos de 165 escolas da rede estadual, sendo 47 mil ape­nas na capital da Região Metro­politana, com 82 unidades. Nos 645 municípios paulistas são cerca de 3,5 milhões de estudan­tes e mais de cinco mil unidades.

Todas as informações estão nos painéis interativos produ­zidos pelo Instituto Ribeirão 2030, disponíveis em: https:// www.ribeirao2030.com.br/ ideb/. O instituto é uma das 28 entidades signatárias do Pla­no de Cidade, documento de planejamento estratégico para políticas públicas locais pelos próximos dez anos. O Plano de Cidade defende priorização de investimentos em ensino inte­gral e aprovação de Plano Mu­nicipal de Educação factível de ser cumprido, entre outros.

“São vários os motivos que fizeram com que o Ideb na rede municipal retrocedesse. A queda mostra que a rede pú­blica não conseguiu o avanço em processos de qualificação das práticas pedagógicas. Um dos motivos que percebemos ao estudar a rede para o Plano de Cidade 2020-2030 recente­mente apresentado é a falta de sinergia entre a equipe gestora e equipe de base. Sem esse en­trosamento não haverá bom resultado”, afirma Adriana Sil­va, superintendente do Institu­to Ribeirão 2030.

O Ideb é calculado com base em dados de aprovação nas escolas e de desempenho dos estudantes no Sistema Na­cional de Avaliação da Edu­cação Básica (Saeb). O Saeb avalia os conhecimentos dos estudantes em língua portu­guesa e matemática.

O índice final varia de 0 a 10. Mas nem todas as escolas fazem adequadamente a Prova Brasil do Saeb, então o Instituto Nacional de Estudos e Pesqui­sas Educacionais Anísio Tei­xeira (Inep), ligado ao MEC e responsável pela avaliação, não dá nota quando alguns requisi­tos não são cumpridos.

Índices tendem a melhorar em 2021, diz a Educação
A Secretaria Municipal da Educação emitiu nota sobre o desem­penho das escolas da rede no Índice de Desenvolvimento da Educa­ção Básica (Ideb).”É importante ressaltar que em 2018, ano anterior da aplicação da avaliação, o município reforçou a contratação de professores (427) com ênfase nas matérias de língua portuguesa, matemática e alfabetização.

Também foi aprovado, no ano seguinte, o novo referencial curri­cular. Outro fato importante que influenciará na próxima avaliação, foi a criação de um grupo permanente para combater o fluxo escolar, fato que contribui para aumento da nota final. Ressalta ainda que desde que as atividades presenciais foram suspensas em decorrên­cia da pandemia do novo coronavírus, no último mês de março, tem disponibilizado um canal de TV para atender 47 mil estudantes da rede municipal de ensino em Ribeirão Preto.

A ação é complementar às atividades pedagógicas mantidas à distância, com objetivo de facilitar o acesso à educação de todos alunos da rede municipal. Importante informar que, todos alunos se­rão avaliados, de forma individualizada para elaboração de um plano de recuperação, caso a caso, pós pandemia”.

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