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Cidadania quer investigar indícios de crime de responsabilidade de Bolsonaro

ALFREDO RISK

A líder do Cidadania no Se­nado, Eliziane Gama (MA), e o líder do Cidadania na Câmara dos Deputados, Arnaldo Jardim (SP), concordam que as declara­ções de Sérgio Moro são muito graves e têm claros indícios de crime de responsabilidade co­metidos pelo presidente Jair Bolsonaro. Os líderes apresen­taram requerimento para insta­lação de Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI).

Para Eliziane, o Congresso não pode deixar de apurar e in­vestigar denúncias dessa mag­nitude. “Bolsonaro atravessou o rio e queimou a ponte com a legalidade. Optou pela ilha pan­tanosa ao invés do continente seguro”, disse.

Já Arnaldo Jardim afirma que “as revelações do ministro são gravíssimas e colocam em xeque de agora em diante todo e qualquer movimento de Bolso­naro nessa seara”.

Na justificativa do requeri­mento eles afirmam que o pro­nunciamento do agora ex-mi­nistro da Justiça e Segurança Pública, Sérgio Moro, ao comu­nicar à imprensa e à sociedade brasileira as razões do seu pe­dido de demissão, traz infor­mações estarrecedoras sobre o comportamento institucional do Presidente da República. E que as revelações não podem passar sem a devida investiga­ção pelo Poder Legislativo, con­siderada a função fiscalizadora dos atos do Poder Executivo.

“Considerando o que foi afirmado pelo ex-ministro da Justiça, o presidente da Re­pública teria praticado crime de falsidade ideológica (Art. 299 do Código Penal), ao in­serir no decreto de exonera­ção do diretor geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo, a informação falsa de que teria ocorrido a pedido quando, na verdade, não houve qualquer pedido neste sentido. Some-se a isso o fato de ter constado o nome do ex-ministro da Justi­ça no referido decreto, sendo que o mesmo afirmou que não o assinou”, diz o documento.

A justificativa ainda ressalta que “a situação torna-se ainda mais grave e preocupante com a informação de que o presiden­te da República estaria preten­dendo nomear para a diretoria geral da Polícia Federal alguém de sua confiança pessoal, a fim de que obtenha informações privilegiadas sobre inquéritos e investigações… Segundo Sérgio Moro, Bolsonaro teria admitido ao mesmo que a mudança seria uma interferência política”, diz parte do texto.

O documento ressalta tam­bém que os fatos revelados por Moro, são passíveis, portanto, de acarretar a responsabilização criminal do presidente, tanto por crime comum, quanto por crime de responsabilidade. Daí a necessidade da instalação ur­gente de uma Comissão Parla­mentar de Inquérito para a cabal apuração dos fatos revelados.

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